Banco do Brasil, pilar da economia que não valoriza os trabalhadores

Fundado há mais de dois séculos, o Banco do Brasil é uma das instituições financeiras mais antigas e renomadas do Brasil e um dos maiores bancos da América Latina.

Fundado por Dom João VI, o BB tem importante papel na evolução econômica, social e cultural do país. O banco tem presença marcante em todo o território nacional, além de operar em diversos países, sendo conhecido por sua solidez, confiabilidade e tradição.

O banco apoia diretamente o agronegócio através de programas de financiamento que incentivam práticas sustentáveis e aumentam a produtividade rural.

Apesar de sua importância para a economia nacional, o BB sofreu ataques coordenados este ano, com a divulgação de fake news que tinham o objetivo de atingir a economia e o sistema financeiro nacional.

Os autores foram denunciados pelo BB e trabalhadoras e trabalhadores do banco promoveram atos de repúdio aos ataques.

De acordo com o movimento sindical, os ataques poderiam prejudicar todo o sistema financeiro do país, assim como todo o povo brasileiro.

Decisões unilaterais

O movimento sindical e os funcionários do BB foram surpreendidos com a comunicação feita, recentemente, pela Diretoria de Varejo do banco, proibindo que, nos meses de novembro e dezembro, os gerentes da rede acionem a substituição temporária, impedindo a designação de funcionários para cobrir colegas em férias, abonos ou licenças médicas.

A substituição, antiga reivindicação dos trabalhadores, foi conquistada em 2023. Mas agora, alegando “controle e racionalização das despesas administrativas do banco”, a direção cancela as substituições nesses dois meses e ainda orienta que os funcionários evitem tirar férias nesse período.

A decisão surpreende por chegar pouco tempo depois da apresentação da Instrução Normativa 368-1, que ampliou a designação interina para funções de 3º nível gerencial — gerentes de relacionamento, gerentes de serviços e supervisores de atendimento — e prevê o acionamento para ausências programadas iguais ou superiores a 10 dias úteis consecutivos.

A medida está sendo considerada um ataque direto às condições de trabalho, segundo a coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes.

Recentemente, o movimento sindical apresentou ao BB um levantamento que aponta o aumento de diversos indicadores de metas. O resultado tem sido um ambiente de trabalho cada vez mais tenso, marcado por adoecimento e desespero entre os trabalhadores.

Também recebeu críticas do movimento sindical a reestruturação anunciada pelo banco, sem qualquer comunicação prévia, dentro do Movimento de Aceleração Digital (MAD).

Entre outras medidas, o programa prevê a ampliação da jornada de trabalho de seis para oito horas para 25% dos cargos de assessoramento (assessores I, II e III) em áreas estratégicas.