Representantes das duas categorias se reuniram no Sindicato para propor mais segurança nos bancos. Intenção é levar a proposta aos vereadores de Niterói.
Representantes do Sindicato dos Vigilantes e do Sindicato dos Bancários de Niterói e regiões se reuniram nesta terça-feira, 28/06, na sede dos bancários para discutir os rumos da segurança bancária nos municípios da base sindical. Participaram do encontro o presidente do SVNIT, Cláudio José e Fabiano Paulo, presidente do Sindicato dos Bancários e o Diretor da Contraf, Jorge Antônio Oliveira, além de diretores das duas entidades. Em pauta, a proposta de um projeto que regulariza e intensifica a segurança nos interiores das agências.
Os diretores sindicais ressaltaram a inexpressividade da Lei 7.102 que trata sobre dispositivos de segurança e defenderam reformulações no texto da norma que está ultrapassada e precisa se alterada.
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De acordo com Fabiano Paulo, os empregados em bancos têm se mostrado bastante preocupados com a segurança. Em pesquisa recente, os funcionários apontaram o tema como o mais importante e que necessita de investimentos.
“Defendemos uma discussão conjunta com os Vigilantes por entender que estamos todos no mesmo barco. Trabalhamos juntos nas agências. Devemos discutir projetos e provocar uma movimentação parlamentar para implantar e aperfeiçoar os dispositivos em lei de segurança”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de Niterói.
O Presidente do SVNIT, Cláudio José Vigilante, usou da tribuna para apresentar propostas de soluções para os problemas enfrentados no interior das agências bancárias em todo Brasil. O dirigente apresentou um esboço de projeto de lei arquitetado pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) em parceria com a Contraf-CUT que visa a criação de várias medidas pelos bancos, dentre elas a disponibilização de biombos entre os caixas de atendimento.
A implantação da proposta já foi concretizada em outros estados da Federação como no Piauí, onde a parceria entre Vigilantes e Bancários deu o nome ao projeto de “Proteger a Vida”, em proposta entregue à deputada estadual Flora Izabel.
Dispositivos de segurança obrigatórios
Pelo projeto, torna-se obrigatória a instalação de dispositivos de segurança nas agências, postos de serviços, Postos Avançados de Atendimento (PAAs), bancos postais, lotéricas, além de cooperativa singular de crédito no âmbito do Estado do Piauí. Além das portas giratórias e câmeras de filmagem, o projeto prevê a interligação do monitoramento eletrônico com a Central de Monitoramento Eletrônico da Polícia Militar do Estado, a instalação de biombos que garantem o sigilo das transações no autoatendimento e nas agências dificultando, assim, a conhecida “saidinha de banco”, vidros blindados nas faixas térreas das unidades e vigilantes no autoatendimento.
A intenção dos bancários e dos vigilantes de Niterói é trazer para cidade a implantação dos dispositivos de segurança nos moldes apresentados. Para isso, os dirigentes esperam, em breve, apresentar a proposta a parlamentares da Câmara dos Vereadores. “A questão é suprapartidária. Acredito que os vereadores vão se interessar pelo projeto”, disse Fabiano Paulo. “Nossa intenção é proteger a vida do cidadão que utiliza os serviços bancários e também daqueles que trabalham no interior das agências, como nós vigilantes e os bancários. As ideias contidas na proposta darão mais segurança ao trabalho e, principalmente, mais mobilidade para os vigilantes resguardar o patrimônio da instituição”, afirma Cláudio Jose.
Onde os biombos já foram implementados o golpe da “saidinha de banco” sofreu uma redução de 40%.
Conquistas e parcerias
Cláudio relembrou conquistas do Sindicato dos Vigilantes em Niterói como filiação à CUT, a maior Central de Trabalhadores do País, em assembléia realizada com a presença de mais de 400 trabalhadores em dezembro de 2005. Ele reforçou também que a CNTV em conjunto com os sindicatos de todo Brasil tem discutido permanentemente com a Fenavist mudanças na Lei 7.102. Cláudio defendeu ainda maior qualificação para os Vigilantes, o que ajudaria no mercado de trabalho.
O dirigente do SVNIT ainda falou com preocupação da medida adotada pela Secretaria de Segurança do Município de Niterói, que há cerca de três meses garantiu que colocaria guardas municipais para fazer a segurança na porta de agências bancárias, o que não vem mais ocorrendo em nenhuma parte da cidade.
Outro tema que também tem incomodado a diretoria do SVNIT foi a lei criada pelo deputado estadual Domingos Brazão (PMDB-RJ) que proíbe a utilização de telefone celular no interior dos bancos. Para o SVNIT a medida não tem efeito algum, já que não possui nenhuma sanção ou pena para quem descumpri-la. Os diretores reclamam ainda da não participação na elaboração do texto que foi promulgado pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro em abril deste ano. De acordo com os dirigentes a lei cria novas funções para os vigilantes, o que é prerrogativa de lei federal e não Estadual como ocorreu colocando em risco a vida dos vigilantes, clientes e funcionários dos bancos.
A pauta da reunião será levada para Federação dos Bancários do Rio de Janeiro e Espírito Santo. O objetivo é apresentar o projeto em outras Casas Legislativas dos estados.
Nas próximas semanas as entidades deverão se movimentar para preparar a proposta e apresentá-la aos vereadores do município. A princípio, Niterói será a primeira cidade para a implantação do projeto e, em seguida, o restante da base como São Gonçalo, Itaboraí, Rio Bonito e Maricá.
Fonte: Sindicato dos Vigilantes de Niterói/WMC Assessoria