Bancários de Niterói e região aceitam proposta dos bancos e encerram greve que durou uma semana

A assembleia também aprovou as propostas específicas apresentadas pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal.Bancos voltam ao funcionamento normal nesta terça-feira (07)

Após sete dias de greve, os bancários de Niterói e região decidiram encerrar a paralisação e aceitar a proposta de reajuste salarial apresentada pelos bancos. A decisão aconteceu durante assembleia realizada na noite de segunda-feira (06) pela categoria que aprovou por ampla maioria o reajuste de 8,5% nos salários, 12% no tíquete alimentação, 9% de aumento no piso salarial, PLR e benefícios. Nesta terça-feira (07), todas as agências bancárias funcionam normalmente nos 16 municípios atendidos pelo sindicato. Durante a semana de movimento paredista, todas as 238 agências bancárias da região permaneceram fechadas o que significa adesão de 100% da categoria que hoje comporta cerca de quatro mil bancários. A assembleia também aprovou as propostas específicas apresentadas pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal.
“Fizemos uma greve tranquila com apoio massivo dos bancários da nossa região. Não tivemos qualquer intervenção judicial como os interditos proibitórios e atas notariais. Amanhecemos já no primeiro dia de greve e fomos até o final com 100% da nossa base fechada como é característica do trabalho do Sindicato dos Bancários de Niterói nos últimos anos. Estão todos de parabéns. Sabemos que não é uma proposta dos sonhos da categoria, mas temos a certeza que foi um trabalho bem feito que avançou até onde deu nesse jogo pesado com os banqueiros”, disse Fabiano Júnior, presidente do Sindicato.
Apenas na nona rodada de negociação da Campanha 2014 a Fenaban apresentou uma nova proposta ao Comando Nacional dos Bancários, que elevou o índice de reajuste de 7,35% para 8,5% (aumento real de 2,02%) nos salários e demais verbas salariais, de 8% para 9% (2,49% acima da inflação) nos pisos e 12,2% no vale-refeição.
Os bancos incluirão na Convenção Coletiva o compromisso de que “o monitoramento de resultados ocorra com equilíbrio, respeito e de forma positiva para prevenir conflitos nas relações de trabalho”.
Em relação aos dias parados, a Fenaban propôs compensação de uma hora por dia no período de 15 de outubro a 31 de outubro, para quem trabalha seis horas, e uma hora no período entre 15 de outubro e 7 de novembro, para quem trabalha oito horas.
Com os novos reajustes, os bancários acumulam aumento real de 20,7% nos salários e de 42,1% desde 2004, período em que todos os anos conquistaram aumento acima da inflação. Veja aqui um comparativo.
As propostas econômicas aprovadas foram:
Reajuste de 8,5% (2,02% de aumento real).
Piso portaria após 90 dias – 1.252,38 (9,00% ou 2,49% de aumento real).
Piso escritório após 90 dias – R$ 1.796,45 (2,49% acima da inflação).
Piso caixa/tesouraria após 90 dias – R$ 2.426,76 (salário mais gratificação mais outras verbas de caixa), significando reajuste de 8,37% e 2,37% de aumento real).
Auxílio-refeição – R$ 26,00 (R$ 572,00 ao mês), reajuste de 12,2%.
Auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta – R$ 431,16.
Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) – R$ 358,82.
Auxílio-creche/babá (filhos até 83 meses) – R$ 306,96.
Gratificação de compensador de cheques – R$ 139,44.
Requalificação profissional – R$ 1.227,00.
Auxílio-funeral – R$ 823,30.
Indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto – R$ 122.770,20.
Ajuda deslocamento noturno – R$ 85,94.
PLR regra básica – 90% do salário mais R$ 1.837,99, limitado a R$ 9.859,93. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 21.691,82.
PLR parcela adicional – 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 3.675,98.
Antecipação da PLR
Primeira parcela depositada até dez dias após assinatura da Convenção Coletiva e a segunda até 2 de março de 2015.
Regra básica – 54% do salário mais fixo de R$ 1.102,79, limitado a R$ 5.915,95 e ao teto de 12,8% do lucro líquido – o que ocorrer primeiro.
Parcela adicional – 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2014, limitado a R$ 1.837,99.

Fonte: Seeb-Nit