A diretoria do Sindicato dos Bancários de Niterói e Região fechou, nesta quarta (26), a agência do Santander na Praça do Rink, no Centro de Niterói. No local também funciona a gerência regional da instituição. O banco é a única instituição que quebrou o acordo firmado entre o Comando Nacional da categoria e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e promoveu demissões durante a pandemia.
Cerca de 900 bancários, em todo o país, foram demitidos pelo Santander desde março deste ano, quando começou a pandemia do novo Coronavírus no Brasil. O ato desta quarta (26) contou com faixas que mostravam o lucro da instituição e a covardia feita com os trabalhadores.
“Os demais bancos estão cumprindo o acordo de não demissão, menos o Santander (que se recusa, inclusive, a negociar). Nós, da comissão de empregados, temos buscado avanços nessa questão com o banco, que infelizmente está tomando essa postura”, comentou Júlio Pessoa, secretário de Relações Sociais e Culturais do Sindicato dos Bancários de Niterói e Região e funcionário do Santander.
O dirigente sindical, que também é participante da Comissão de Funcionários da instituição, lembrou outra prática do banco. “Além das demissões, o Santander tem feito também cobranças de metas absurdas, apesar da recessão causada pela pandemia”, apontou.
Essa prática pode atingir a saúde dos bancários. “O Santander desrespeita a saúde do bancário por conta do risco de demissão em plena pandemia. Santander, respeite o Brasil!”, exigiu o secretário de Saúde, Previdência e Segurança do sindicato, Pietro Cavallo.
Funcionária do Santander e diretora do Sindicato, Verônica Vaz mandou um recado para a direção da instituição. “No meio da pandemia, o país atravessando um momento delicado e o Santander fazendo demissões de funcionários que estão aqui arriscando suas vidas. Queremos mandar um recado claro: Santander, pare de demitir e respeite o Brasil”, afirmou.
O presidente do Sindicato, Jorge Antônio Porkinho, afirmou que atos podem acontecer em outros bancos caso descumpram o acordo. “É importante deixar claro para a categoria: o Comando Nacional está fazendo negociações e esperamos um bom senso por parte da Fenaban. Caso contrário, vamos radicalizar não só no Santander, mas em todos os outros bancos”, concluiu.