Bancários contra a discriminação

Bancários de todo o Brasil farão manifestações contra a discriminação neste 13 de maio, Dia da Abolição da Escravatura. Pesquisas comprovam que bancos discriminam negros.

Bancários de todo o Brasil farão manifestações contra a discriminação neste 13 de maio, Dia da Abolição da Escravatura. O mote da mobilização realizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) será “Vamos abolir a discriminação e promover a inclusão: Por mais contratações de negros, negras e pessoas com deficiência nos bancos”.

No Estado do Rio, a data será marcada pela Caminhada Norturna que a CUT-RJ vai promover, pelo segundo ano consecutivo, na Zona Portuária do Rio. A caminhada começará no Cais do Valongo (Praça Barão de Tefé), às 17h, e segue até o Instituto Pretos Novos (IPN), onde será servido um saboroso caldinho de feijão.

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A Zona Portuária (Gamboa, Saúde, Harmonia, Cia Docas – Av. Rodrigues Alves) basicamente foi uma região que recebeu grande contingente de africanas(os) que foram trazidos para o Brasil para serem escravizados. Após a abolição da escravatura, os escravos e escravas subiram o morro, entre eles o da Providência, tornando-se as “favelas” verdadeiros quilombos modernos.

Bancos pagam menos a negros

Pesquisas recentes (“Rosto dos Bancários”, feita pelo movimento sindical, e “Mapa da Diversidade”, feita pelos banqueiros após intensa cobrança dos trabalhadores) comprovam que os bancos discriminam negros e pessoas com deficiência, tanto no acesso ao emprego quanto na remuneração e na ascensão profissional.

Segundo dados do Mapa da Diversidade, as pessoas negras correspondem a 35,7% da População Economicamente Ativa do país. No entanto, no setor financeiro, negros e negras ocupam apenas 19% das vagas. Além disso, os negros recebem salários menores do que os brancos dentro dos bancos: enquanto um bancário branco recebia em média R$ 3.411 em 2009, o negro recebia um salário médio de R$ 2.870.