Bancários cobram da Fenaban retirada das alterações sobre jornada contidas na MP 936

Em reunião por videoconferência com os bancos nesta segunda-feira (08/06), o Comando Nacional dos Bancários cobrou que os bancos respeitem a Convenção Coletiva e retirem as alterações do artigo 224 inseridas na Medida Provisória 936, sobre a jornada de trabalho dos bancários.

 

A representação dos trabalhadores também reivindicou a ultratividade da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, ou seja, prorrogar a Convenção e os Acordos até que seja assinado um novo.

 

Outra proposta é a volta das homologações de rescisões de contratos nos sindicatos e a resposta com relação à complementação salarial dos trabalhadores que receberam alta do tratamento de saúde pelo INSS, mas não têm condições para voltar ao trabalho.

A comissão de negociações da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) vai se reunir nas próximas horas para debater com os bancos as reivindicações da categoria e ficou de dar a resposta até esta terça-feira (09/06).

Em paralelo, o Comando Nacional seguirá pressionando os Senadores para retirada do artigo que altera a jornada de 6h dos bancários. Com isso, torna-se importante prorrogar a validade do acordo de manutenção da jornada pelo menos, até o final de 2021.

A Fenaban também vai debater sobre a aceitação da volta das homologações das rescisões de contrato de trabalho nos sindicatos.

 

Cláusula 29

 

A Fenaban disse que o debate sobre o cumprimento pelos bancos da cláusula 29 da CCT, que trata de complementação de auxílio doença previdenciário, é uma questão um pouco mais técnica e, por isso, ainda não deram resposta sobre a reivindicação feita na reunião da mesa de saúde ocorrida no dia 3, quando os sindicatos informaram à Fenaban que as alterações nas regras da concessão de benefícios previdenciários –conforme a lei 13.982– que garante somente o direito a uma antecipação do auxílio doença no valor de um salário mínimo mensal por três meses (1.045,00), durante a pandemia estão prejudicando os bancários e os deixando sem renda.