Reunião dos bancários de Niterói e Região nesta terça-feira, dia 11, será na futura sede do Sindicato. Sem greve, os bancários não teriam nem descanso aos sábados.
Os bancários de Niterói e Região se reúnem às 18 horas desta terça-feira, 11 de outubro, para intensificar a greve e discutir mais formas de arrancar uma nova proposta dos banqueiros, que mantêm a intransigência neste 15º dia de paralisação nacional dos bancários. A assembleia será na futura sede do Sindicato: Rua Evaristo da Veiga, 37, Centro de Niterói (ao lado do Liceu Nilo Peçanha).
Também nesta terça-feira, às 10 horas, o Comando Nacional dos Bancários se reúne em São Paulo para avaliar a greve em todo o Brasil e ampliar ainda mais o movimento.
A indignação dos bancários com as negativas dos bancos em dialogar aumenta a cada dia. Nesta segunda-feira, dia 10, a greve cresceu ainda mais e atingiu 9.090 agências em todo o país. A greve, que já é a maior da categoria nos últimos vinte anos em termos de adesão, caminha para se tornar também a mais longa. A paralisação do ano passado durou 15 dias e fechou 8.278 agências.
Follow @bancariosnit
> Curta a amizade do Sindicato no Facebook.
> Acompanhe as notícias em tempo real no Twitter.
> Comunique-se com o Sindicato no Orkut.
> Assista a vídeos dos bancários no Youtube.
> Veja fotos sobre os bancários no Picasa.
> Receba as notícias sobre os bancários no celular.
Os bancários reivindicam reajuste de 12,8% (aumento real de 5% mais inflação do período), valorização do piso, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), mais contratações, extinção da rotatividade, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, mais segurança, igualdade de oportunidades, melhoria do atendimento dos clientes e inclusão bancária sem precarização, dentre outros itens. Os bancos, que lucraram mais de R$ 27,4 bilhões somente no primeiro semestre deste ano, ofeceram apenas 0,56% de aumento real aos bancários e se negam a negociar desde o dia 23 de setembro.
A greve não é desejada por ninguém, principalmente pelos bancários, mas é fundamental quando os bancos se negam a dialogar. Sem a greve, os bancários não teriam nenhum dos direitos que têm hoje, como tíquete-refeição, descanso aos sábados, 13º salário, jornada de seis horas de trabalho. Todas as conquistas obtidas pela categoria bancária ao longo de sua história resultaram de intensos processos de mobilização, que foram organizados pelo movimento sindical. Muitas vezes os bancários enfrentaram a intolerância e a truculência dos banqueiros, que não respeitaram o direito de livre manifestação dos trabalhadores.
Veja abaixo o que a greve dos bancários já conquistou, além de reajuste acima da inflação:
1934 – Aposentadoria aos 30 anos de serviço.
1951 – Direito de greve
1952 – Dia do Bancário (28 de agosto)
1961 – 13º salário, gratificação de caixa e de chefia;
1962 – Descanso aos sábados e adicional por tempo de serviço;
1979 – Seguro de vida contra assalto;
1981 – Gratificação de função 40%, estabilidade na licença-saúde;
1982 – Quebra de caixa, ajuda-alimentação, vale-transporte, auxílio-creche;
1984 – Cesta Básica;
1985 – Jornada de seis horas;
1986 – Adicional-noturno;
1988 – Auxílio para filhos excepcionais ou portadores de deficiência;
1989 – Intervalo de descanso para digitadores;
1990 – Tíquete-refeição;
1992 – Tíquete-refeição inclusive nas férias; auxílio creche até 83 meses; acordo único nacional (única categoria do Brasil até hoje com esse benefício);
1995 – PLR (a primeira categoria do Brasil a conquistar esse benefício);
1997 – Verba de requalificação profissional na demissão e Complemento para afastados;
2005 – Isonomia de tratamento para homoafetivos
2006 – Adicional de PLR
2007 – 13ª cesta-alimentação
Foto: Paulo de Tarso