Assédio moral

Os bancários de Niterói e Região aprovaram o acordo nacional contra assédio moral, em assembleia no dia 16 de março. Foram 32 votos a favor, duas abstenções e nenhum voto contra. A assembleia aconteceu no auditório do Sindicato e o resultado foi anunciado em tempo real no Twitter do Sindicato (siga aqui).

O acordo determina que se estabeleça um canal específico para apurar as denúncias de assédio moral dos bancários, para que elas sejam encaminhadas pelo sindicato aos bancos. Esse meio de comunicação ficará permanente no site do Sindicato, nos moldes do já existente “Fale Conosco”. As denúncias não poderão ser anônimas, mas o Sindicato guardará sigilo absoluto do denunciante, para evitar represálias.

Clique em um dos links a seguir para baixar na íntegra o acordo contra assédio moral. Como o documento — do qual os bancários de Niterói e Região agora fazem parte — foi assinado separadamente com os bancos, em 26 de janeiro, é preciso clicar sobre o nome do banco para acessar o documento específico.

– Bradesco
– Itaú
– HSBC
– Santander
– Citibank

Jornal Nacional e trabalho acadêmico de bancário de Araruama

O assédio moral, resultado das metas abusivas, foi apontado por mais de 80% dos bancários como o problema mais grave nos locais de trabalho, em pesquisa nacional realizada ano passado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). O acordo aprovado pelos bancários de Niterói e Região já é histórico e ganhou destaque até no Jornal Nacional, da rede Globo (clique aqui para ver o vídeo).

O dirigente sindical Rigel Eduardo de Souza (Banco do Brasil de Araruama) apresentou à Fundação Getúlio Vargas o trabalho acadêmico “Entenda o que é o assédio moral e saiba como combatê-lo”, no MBA Executivo em Negócios Financeiros. Clique aqui para fazer download do trabalho acadêmico apresentado por Rigel.

O que diz o acordo

O assédio moral é um mal que tem atingido cada vez mais os bancários, em todo o país. Trata-se de atos discriminatórios, intolerância e abuso de poder. É o caso das políticas de premiações negativas, em que o funcionário é humilhado diante de todos por não ter atingido as metas, recebe ‘presentes’ que o ridicularizam, ouve comentários irônicos e desmoralizantes.

No acordo, os bancos comprometem-se a declarar explicitamente condenação a qualquer ato de assédio e reconhecem que o objetivo é alcançar a valorização de todos os empregados, promovendo o respeito à diversidade, à cooperação e ao trabalho em equipe, em um ambiente saudável. 

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A Fenaban deverá fazer uma avaliação semestral do programa, com a apresentação de dados estatísticos setoriais, devendo ser criados indicadores que avaliem seu desempenho.

Os bancários poderão fazer denúncias nos sindicatos. O denunciante deverá se identificar para que a entidade possa dar o devido retorno ao trabalhador. O sigilo será mantido junto ao banco e o sindicato terá prazo de dez dias úteis para apresentar a denúncia ao banco. Após receber a denúncia, o banco terá 60 dias corridos para apurar o caso e prestar esclarecimentos ao sindicato. 

As denúncias apresentadas ao sindicato de forma anônima continuarão sendo apuradas pelas entidades, mas fora das regras desse programa.