A agenda de 2015 distribuída pelo Itaú aos seus clientes marca o dia 25 de outubro como o do “suicídio de Vladimir Herzog”. A descrição é registrada no canto superior de cada página do brinde, espaço dedicado a fazer a marcação ou a celebração daquela data.
A versão do suicídio da morte de “Vlado”, como era conhecido, já foi desmentida, sendo substituída pela da tortura e assassinato por membros do Doi-Codi, onde o jornalista estava preso durante a ditadura militar. A notícia sobre a agenda do Itaú é da newsletter de negócios e finanças ‘Relatório Reservado’.
O histórico do Itaú em relação à ditadura mostra que o tratamento sobre a morte de Herzog não deveria ser de se espantar. No mesmo brinde distribuído em 2014, o banco descreve na página do dia 31 de março o “aniversário da Revolução de 1964”.
“Não custa lembrar que o verdadeiro dono do Itaú era o empresário Eudoro Villela, pai da socialite Milu Villela, muito devotada às causas sociais. Dom Eudoro era o maior financiador e presidente da Anpes, a versão bandeirante do carioca Ipês – ambos órgãos dedicados à conspiração civil para a concretização do golpe militar”, relembra o RR.
Fonte: Contraf-CUT