Acordo é destaque no Jornal Nacional

Os jornalistas William Bonner e Fátima Bernardes apresentaram reportagem sobre o documento assinado contra o assédio moral nos bancos. Veja o vídeo.

O acordo histórico de combate ao assédio moral assinado pelos sindicatos dos bancários com os bancos foi destaque no Jornal Nacional, da Rede Globo, nesta quinta-feira, 27 de janeiro. Os jornalistas William Bonner e Fátima Bernardes apresentaram matéria do repórter Ernesto Paglia, com filmagem do momento em que o acordo era assinado.

A reportagem ouviu o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Carlos Cordeiro (foto). Ele disse que os bancários não querem um caminho punitivo e indenizatório. “Nós queremos fazer um caminho em que a prevenção prevaleça e que a gente tenha um ambiente de trabalho saudável para todos”, afirmou o bancário.

Para demonstrar que o assédio moral no trabalho não afilige apenas os bancários, o Jornal Nacional entrevistou uma atendente de telemarketing que viveu o problema e ouviu a opinião de uma advogada trabalhista. Veja o vídeo abaixo:

O assédio moral, resultado das metas abusivas impostas pelos bancos, foi apontado por mais de 80% dos bancários como o problema mais grave nos locais de trabalho, em pesquisa nacional realizada pela Contraf-CUT no ano passado.

O que diz o acordo

No acordo, os bancos comprometem-se a declarar explicitamente condenação a qualquer ato de assédio e reconhecem que o objetivo é alcançar a valorização de todos os empregados, promovendo o respeito à diversidade, à cooperação e ao trabalho em equipe, em um ambiente saudável.

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A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) deverá fazer uma avaliação semestral do programa, com a apresentação de dados estatísticos setoriais, devendo ser criados indicadores que avaliem seu desempenho. Leia aqui outras informações sobre o acordo.

Os bancários poderão fazer denúncias nos sindicatos. O denunciante deverá se identificar para que a entidade possa dar o devido retorno ao trabalhador. O sigilo será mantido junto ao banco e o sindicato terá prazo de dez dias úteis para apresentar a denúncia ao banco. Após receber a denúncia, o banco terá 60 dias corridos para apurar o caso e prestar esclarecimentos ao sindicato.

As denúncias apresentadas ao sindicato de forma anônima continuarão sendo apuradas pelas entidades, mas fora das regras desse programa.