Trabalhadores paralisam atividades em todo o Brasil em dia de protesto

Trabalhadores do Rio de Janeiro fizeram bonito na defesa dos direitos dos trabalhadores. Ato aconteceu na Cinelândia. Protesto foi contra PLC 30/2015 (terceirização) e as medidas que compõem o ajuste fiscal do governo

Trabalhadores de todo o Brasil cruzaram os braços na sexta-feira (29) no Dia Nacional de Paralisação. Com a adesão das mais diversas categorias, o ato combate o PL da Terceirização e medidas que dificultam acesso a direitos, além de defender a democracia e o fim do fator previdenciário. No Rio de Janeiro, os atos se concentraram na Cinelândia, histórico local de lutas da classe trabalhadora.

Com greves de bancários, paralisações dos petroleiros de Caxias e dos portuários, “trancaço” dos petroleiros do Norte Fluminense, ato de enfermeiros e uma manifestação unitária no fim do dia, o Rio de Janeiro marcou forte presença no Dia Nacional de Luta. Em todo o país, trabalhadores e movimentos sociais protestaram contra o Pl 4330, as MPs 664 e 665, pela democracia e por direitos.

A CUT-RJ e a CTB se concentraram desde cedo na Cinelândia, onde dirigentes dos sindicatos ligados à duas centrais se revezaram nos discursos. Mais tarde, no mesmo local, aconteceu o ato unificado reunindo também a Intersindical, UGT, Conlutas, além de inúmeras entidades dos movimentos sociais, como MST e UNE.

Os oradores criticaram duramente a gestão de Eduardo Cunha à frente da Câmara dos Deputados, marcada por ataques incessantes à classe trabalhadora e por uma pauta obscurantista que ameaça fazer o Brasil retroceder décadas. O ajuste fiscal do governo federal não foi poupado. Os movimentos social e sindical não aceitam que a classe trabalhadora pague pelo desarranjo nas contas do governo através da criação de dificuldades para o acesso a direitos previdenciários e trabalhistas.

Ficou claro também que os movimentos sociais não permitirão que a Petrobras seja privatizada como querem os oposicionistas e a mídia. Para as entidades, os corruptos devem ser punidos, mas a empresa, o regime de partilha e o conteúdo nacional devem ser preservados a todo custo, em nome da independência e da soberania nacional. A defesa da democracia contra as articulações golpistas foi outro tema de destaque na manifestação.

Fonte: Imprensa Seeb-Nit e CUT/RJ