Sindicalistas comemoram Dia da Mulher, mas repudiam morte de trabalhadora

Num gesto simbólico pela unidade, militantes trocaram as cores e camisas das centrais pela camisa lilás unificada

Com dez dias de atraso por conta do Carnaval, as mulheres sindicalistas da CUT, CTB, UGT, NCST, CGTB e Força Sindical comemoraram o Dia Internacional da Mulher nesta terça-feira (18) na Cinelândia, Centro do Rio.

Durante toda a tarde, as escadarias da Câmara Municipal e parte da Praça Marechal Floriano foram ocupadas por centenas de bancárias, enfermeiras, professoras, portuárias, administradoras, petroleiras, trabalhadoras do IBGE, de telecomunicações e do comércio de minérios e derivados de petróleo, entre outras categorias.

O ato também contou com a participação dos vereadores Reimont (PT) e Brizola Neto (PDT), além de representantes das deputadas estaduais Inês Pandeló (PT) e Rejane de Almeida (PCdoB) e de organizações feministas.

UMA SÓ COR

Além de realizarem o ato conjunto, as militantes abriram mão das cores e camisas tradicionais de cada central sindical e usaram uma camisa lilás unificada com uma frase que resume a plataforma de luta das manifestantes: “Mulheres nas ruas pela igualdade de direitos no trabalho e na vida”.

O ato, coordenado pela secretária da Mulher Trabalhadora da CUT-RJ, Virgínia Berriel, contou com apresentações das sambistas do grupo “Marias do Zé” e de um casal de violonistas. Ao final, as escadarias da Câmara Municipal foram ocupadas pelas mulheres, cada uma segurando um cartaz com uma das reivindicações das mulheres trabalhadoras.

Durante o ato, Virgínia lembrou a importância das mulheres para o mercado de trabalho brasileiro. “O mundo do trabalho é feito por dois sexos, mas hoje há mais mulheres do que homens tanto no mercado formal quanto no informal. São mulheres que cumprem dupla ou até tripla jornada”.

A vice-presidente da CUT-RJ, Neuza Luzia, agradeceu, em nome de todas as mulheres, as homenagens oferecidas pelos homens que também participavam do ato, mas com um alerta: “A maior homenagem que os homens podem fazer a nós é se somar conosco na luta pela igualdade de direitos e contra todo o tipo de preconceito e violência contra as mulheres”.

REPÚDIO

O clima festivo, mesmo em tom reivindicatório, teve de ser conciliado com um sentimento de tristeza e indignação por conta do assassinato de mais uma mulher trabalhadora no Rio, a auxiliar de serviços gerais Claudia da Silva Ferreira.

“Este é um ato das mulheres das centrais sindicais que se uniram para comemorar o dia e repudiar o crime bárbaro que foi o assassinato pela Polícia Militar (PM) de mais uma mulher trabalhadora, negra e favelada. Queremos Justiça!”, concluiu Virgínia Berriel.

Em homenagem à Claudia, as sindicalistas fizeram um minuto de silencio e encerraram o ato com gritos de “Claudia, presente!”.

Fonte: CUT-RJ


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