Sindicato monta esquema de contingenciamento para aposentados e pensionistas durante a greve

Paralisação cresce desde o primeiro dia, em 19 de setembro. Com maior greve dos últimos anos, categoria demonstra indignação diante da intransigência dos bancos

Mais um dia tranquilo nas agências bancárias de Niterói e região que permanecem fechadas devido à greve dos bancários que completa 11 dias com todas as unidades paralisadas. Durante todo o dia, o Sindicato dos Bancários de Niterói montou um esquema de contingenciamento que possibilitou o atendimento aos aposentados e pensionistas. Em todos os municípios os beneficiários que compareceram às suas agências puderam resgatar os benefícios. Durante toda semana será realizado este esquema.

“Nosso objetivo com a greve não prejudicar a população, muito menos os aposentados e pensionistas. Disponibilizamos um contingente em todas as agências da região para atendimento a essas pessoas. Nosso movimento é também em favor dos clientes por que cobramos melhores condições de trabalho e atendimento nos bancos, além de uma redução nas tarifas cobradas pelas instituições financeiras. É lamentável que os banqueiros não procurarem a categoria para apresentar uma nova proposta. Diante desta situação, nós vamos permanecer em greve por tempo indeterminado”, revela Fabiano Júnior, presidente do Sindicato.

Nos 16 municípios que compõe a base de representação do Sindicato, 100% das agências estão fechadas. Isso significa que de Niterói a Rio das Ostras, 231 unidades, com cerca de quatro mil bancários, estão em greve geral. Em todo país, mais 11 mil agências aderiram à greve nesta terceira semana de paralisações.

A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) não manifestou no sentido de apresentar uma nova proposta nas próximas horas. No dia 05 de setembro, os banqueiros ofereceram um reajuste salarial de apenas 6,1%, repondo simplesmente a inflação do período. Os bancários rejeitaram o índice oferecido em todo país e decretaram greve geral que teve início no dia 19 de setembro.

A pauta de reivindicações dos bancários foi apresentada aos bancos em 05 de agosto, onde a categoria pede os seguintes itens:

> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)

> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.

Imprensa Seeb-Nit
Foto: Agência do Banco do Brasil em Marileia (Região dos Lagos)


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