Presidência da República anuncia Brizola Neto como novo ministro do Trabalho

Novo ministro do Trabalho tem hoje primeira reunião com presidente da CUT.

A Presidência da República anunciou nesta segunda-feira (30) o deputado federal Brizola Neto (PDT-RJ) como o novo ministro do Trabalho. A nomeação era cobrada pelo PDT e pelas centrais sindicais e saiu na véspera do Dia do Trabalho, 1º de maio.

O anúncio foi feito pela ministra da Comunicação Social, Helena Chagas. A posse deve ocorrer nesta quinta-feira (3).

O nome, que era o preferido da presidente Dilma Rousseff para o cargo, foi definido após reunião de Dilma com o presidente do PDT, Carlos Lupi (PDT-RJ), que comandou a pasta por mais de quatro anos e deixou o cargo em dezembro do ano passado, após uma série de denúncias de corrupção na pasta. Desde então, o secretário-executivo da pasta Paulo Roberto Pinto estava interinamente no comando do ministério.

Em nota, a presidenta Dilma “manifestou confiança” de que Brizola Neto “prestará grande contribuição ao país”.
“A presidenta agradeceu a importante colaboração do ex-ministro Carlos Lupi, que esteve à frente do Ministério no primeiro ano de seu governo, e do ministro interino Paulo Roberto dos Santos Pinto na consolidação das conquistas obtidas pelos trabalhadores brasileiros nos últimos anos”, diz a nota.

Brizola Neto será o ministro mais jovem da equipe da presidente Dilma. Ele tem apenas 33 anos e é neto do fundador do PDT e ex-governador do Rio de Janeiro, Leonel Brizola, que morreu em 2004.

Encontro com a CUT

O novo ministro do Trabalho e Emprego, Brizola Neto, realiza hoje (2) em Brasília a primeira reunião com o presidente da CUT, Artur Henrique, antes mesmo da posse oficial como titular da pasta, amanhã (3), para discutir algumas das questões sobre as quais a central espera obter avanços com a mudança de gestão.

Segundo Henrique, trata-se de uma conversa para expor a “visão” da CUT em relação aos “principais desafios” do ministério, como a questão da autonomia sindical, a qualificação profissional e a garantia de trabalho decente. Deve constar da pauta a reivindicação da entidade pelo fim do imposto sindical, que é a cobrança compulsória sobre um dia anual de salário dos trabalhadores com registro em carteira.

“Vamos colocar nossa posição de que é preciso alterar o mecanismo de registro sindical”, disse Artur Henrique, que recebeu Brizola Neto ontem (1º), durante as comemorações do Dia do Trabalho no Vale do Anhangabaú, no centro de São Paulo. O presidente da CUT considera que há um fracionamento artificial da representação dos trabalhadores em uma mesma porção territorial como forma de obter acesso à arrecadação sindical.

Fonte: G1 e Rede Brasil Atual


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