Bancários aprovam proposta e greve acaba

Reajuste de 9% recai também sobre vale-alimentação, tíquete-refeição e auxílio-creche/babá. Piso aumentou 12%.

Em assembleia na noite desta segunda-feira, 17 de agosto, os bancários de Niterói e Região aprovaram por unanimidade a proposta feita pelos bancos e, por ampla maioria, os itens específicos de Banco do Brasil e Caixa Econômica. O resultado, depois de 21 dias de greve, garante aumento real pelo oitavo ano consecutivo. Fim da greve também foi aprovado em quase todas as outras assembleias pelo país.

Com a aceitação da proposta, os bancários conquistam reajuste salarial de 9% (aumento real de 1,5%), valorização do piso da categoria em 12%, que passa para R$ 1.400 (aumento real de 4,3%) e melhorias na Participação nos Lucros e Resultados (PLR), com aumento da parcela fixa da regra básica para R$ 1.400 (reajuste de 27,2%) e do teto da parcela adicional para R$ 2.800 (reajuste de 16,7%). Os dias de greve não serão descontados, mas serão compensados em até duas horas por dia, de segunda a sexta-feira, até o dia 15 de dezembro e, assim como nos anos anteriores, eventual saldo após esse período será anistiado.

Clique aqui para acessar a íntegra da proposta aprovada na assembleia.

As propostas específicas do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal também apresentam melhorias para os bancários, envolvendo questões de carreira e condições de trabalho, dentre outras. Entre os principais avanços, destacam-se a PLR social e a contratação de 5 mil empregados na Caixa e a valorização do plano de cargos e salários no Banco do Brasil.


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O índice de 9% recai sobre todas as verbas salariais, inclusive o vale-alimentação, tíquete-refeição e auxílio-creche/babá. Uma nova cláusula na proposta geral aprovada proíbe a divulgação de rankings individuais dos funcionários, como forma de frear a cobrança das metas abusivas, combatendo o assédio moral. Outra cláusula obriga os bancos a coibir o transporte de numerário por bancários, que deve ser realizado conforme a lei federal nº 7.102/83, através de vigilantes.

PLR tem reajuste de 27,18% na parte fixa

A regra básica da PLR será de 90% do salário, mais valor fixo de R$ 1.400, a mesma do ano passado. A parte fixa, que em 2010 foi de R$ 1.100,80, será reajustada em 27,18%. Serão distribuídos ainda, no mínimo, 5% do lucro líquido das empresas. Se isso não acontecer, os valores de PLR devem ser aumentados até chegar a 2,2 salários, com teto de R$ 17.220,04.

O teto do valor da PLR adicional – que distribui 2% do lucro líquido – passará de R$ 2.400 para R$ 2.800, o que significa aumento de 16,66% em relação ao que foi pago em 2010.
A primeira parcela da PLR será paga em até dez dias após a assinatura do acordo.

A greve foi a maior realizada pela categoria nos últimos 20 anos. Começou no dia 27 de setembro e chegou a paralisar 9.254 agências e vários centros administrativos de bancos públicos e privados em todos os 26 estados e no Distrito Federal.