Na Avenida Amaral Peixoto, os gerentes da agência Niterói e Prime, do Bradesco, criaram tumulto no início da manhã desta quarta-feira, dia 30.
Na Avenida Amaral Peixoto, o gerente da agência Niterói e o gerente regional do Bradesco criaram tumulto no início da manhã desta quarta-feira, dia 30, e foram parar na delegacia. Os bancários faziam manifestação pacífica na porta do Bradescão, com banda de música, quando os dois gerentes apareceram agressivos. Policiais militares contiveram o tumulto iniciado pelos gerentes e os levaram para a 76ª DP, na mesma avenida, com o presidente do Sindicato, Jorge Antônio, e a diretora do Departamento Jurídico, Haidêe Rosa.
“O delegado foi claro a favor do direito de greve”, conta Jorge Antônio. “Ele perguntou aos gerentes se alguém estava sendo impedido de trabalhar, se estava havendo uso da força. Como a resposta foi obviamente negativa, o delegado nem quis registrar a ocorrência”, afirmou o sindicalista. Ele acrescenta que a paralisação continuou normalmente durante todo o dia, pacífica e com banda de música. Nenhum bancário foi obrigado a trabalhar na greve.
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Não é a primeira vez que o Bradesco arruma confusão. Na terça-feira, depois de perder na Justiça sua tentativa de prejudicar a greve em quatro agências de Niterói e Região, o Bradesco tentou colocar a polícia contra os bancários que faziam manifestações da greve (
Bancos pediram repressão à polícia
O banco também usou truculência em Campos, onde houve até agressão física contra bancários, com lesão corporal, e em Nova Friburgo, onde os sindicalistas foram chamados de bandidos pelo gerente. Em Teresópolis, o Bradesco tentou usar coação da polícia para obrigar os bancários a trabalhar, e no Espírito Santo o banco também conseguiu usar força policial para intimidar os bancários. No Rio, os problemas foram provocados principalmente pelo Itaú e Unibanco, que passaram trote para a PM denunciando violência onde não havia.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) admitiu que promoveu encontro entre os bancos e representantes das polícias Militar e Civil para armar um esquema de repressão à greve. A reunião foi confirmada pelo coordenador de Segurança da Febraban, Pedro Vioto, durante o encontro mensal da Comissão Consultiva para Assuntos da Segurança Privada, do Ministério da Justiça. Não por coincidência, Vioto é diretor de Segurança do Bradesco.