– Funcionários da agência Miguel de Frias (Niterói) não receberam atendimento médico e foram remanejados, após o assalto do dia 7.
– Bancáriios almoçam fora do horário legal da CLT, entre 10 às 13 horas.
– Fraude até na cronometragem do tempo de fila determinada pelo próprio banco.
Não bastasse o Itaú ser o infeliz recordista dos assaltos em São Paulo e em Niterói e Região (dois em quatro dias úteis), o Sindicato detectou uma série de irregularidades no banco.
No assalto do dia 7, na agência Miguel de Frias (Niterói), não houve atendimento médico aos bancários e um funcionário da supervisão das gerências, localizada no Rio de Janeiro, travestiu-se de “doutor” e perguntou aos colegas quem não tinha condições de trabalhar. Sob pressão psicológica, em razão da ocorrência, e sob assédio moral do superior, todos responderam que “sim” e foram trabalhar na vizinha agência Gavião Peixoto, no mesmo bairro de Icaraí, em Niterói.
Não bastasse isso, os sindicalistas Miro Baptista e Osvaldo Gualberto, ambos do Itaú, além de Heber Mathias (Bradesco), foram informados na agência que os bancários haviam sido liberados, conforme prevê a Convenção Coletiva [veja coluna “Seu Direito”, abaixo], o que mostra que o descumprimento dos dispositivos legais foi intencional e não por falta de informação correta sobre o assunto.
O Sindicato detectou ainda que o Itaú não está cumprindo o horário de almoço previsto no 2º parágrafo, do Artiigo 230, da CLT: ‘As empresas não poderão organizar horários que obriguem os empregados a fazer a refeição do almoço antes das 10 (dez) e depois das 13 (treze) horas”.
Outra irregularidade que ocorre nas agências é a fraude à cronometragem do tempo de fila determinada pelo próprio banco. Algumas administrações organizam uma pré-fila e só entregam a senha ao cliente quando ele vai para a segunda fila, próxima ao guichê, o que permite o registro fraudulento do tempo de permanência determinado para atendimento pelo próprio Itaú, entre 15 e 20 minutos, conforme o dia do mês.
“Diante das irregularidades crescentes, já denunciamos o Itaú à DRT [Delegacia Regional do Trabalho], pedimos fiscalização nas agências da base e solicitamos uma mesa redonda com o banco, mediada pelos fiscais do órgão, para debater o descumprimento da legislação e a questão da segurança na empresa”, garantiu Miro, sindicalista do Itaú, em Niterói e Região.