A partir deste mês de julho, os bancários do Itaú passarão a receber os auxílios alimentação e refeição no dia do pagamento.
A partir deste mês de julho, os bancários do Itaú passarão a receber os auxílios alimentação e refeição na mesma data de seu salário. A mudança foi informada segunda-feira, dia 29.
“Essa é uma reivindicação que constava da pauta da COE Itaú desde o ano passado e é positivo que o banco tenha atendido a demanda dos trabalhadores”, avaliou Miro Baptista, diretor do Sindicato e integrante da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú.
Atualmente os trabalhadores do Itaú recebem o salário no dia 27 e os auxílios no último dia útil de cada mês. A mudança foi facilitada após a fusão com o Unibanco, uma vez que os bancários desta instituição já recebiam os vales junto com o salário.
Entenda o debate sindical da fusão Itaú-Unibanco
3 de novembro de 2008
Os presidentes do Itaú e do Unibanco, Roberto Setúbal e Pedro Moreira Salles, respectivamente, anunciam a fusão dos dois bancos, tornando-se a maior instituição financeirado Hemisfério Sul e uma das vinte maiores do mundo com 4.800 agências e PABs, 14,5 milhões de correntistas (18% do mercado brasileiro) e 108 mil trabalhadores. Imediatamente após o anúncio, o Sindicato procurou a direção dos dois bancos para tratar dos empregos e direitos dos trabalhadores.
10 de novembro de 2008
Acontece a primeira negociação entre o Sindicato e a direção do Itaú Unibanco para tratar do emprego e dos direitos dos trabalhadores. Entre as reivindicações da entidade está a necessidade de um compromisso formal que assegure a manutenção do número de agências, a preservação de empregos e direitos dos trabalhadores dos dois bancos. Na negociação, os diretores de recursos humanos do Itaú, Marcos Carnielli, e do Unibanco, Sérgio Fajerman, afirmaram que não haverá fechamento de agências e se comprometeram com o processo de negociação permanente.
9 de dezembro de 2008
Com postura intransigente, os representantes do Itaú Unibanco se negaram a formalizar a suspensão das demissões durante o processo de fusão reivindicada pelo Sindicato. Os representantes sindicais reafirmaram que a garantia de emprego é imprescindível para tranqüilizar os funcionários. Como avanço, foram asseguradas suspensão das contratações, de novos contratos de estágio e do programa menor aprendiz, além de reduzir as horas extras. Os representantes dos trabalhadores também entregaram propostas para a manutenção dos empregos e direitos – veja quadro.
6 de fevereiro de 2009
Em negociação, direção do Itaú Unibanco confirma que está em estudo o centro de realocação reivindicado pelos trabalhadores para evitar demissões. Os bancários defenderam que o programa de realocação preveja treinamento de pessoal para preparar os profissionais às possíveis oportunidades. Ficou acordado também que as novas negociações também tratariam de questões como plano de saúde, auxílio educação e previdência. O Sindicato voltou a reivindicar a garantia de emprego por tempo determinado.
3 de março
O banco volta a confirmar, em negociação, a criação do centro de realocação. Durante o debate, também ficou definido que a integração dos departamentos tem de prever a permanência de bancários do Itaú e do Unibanco. As operações e negócios só poderão ser transferidos entre Itaú e Unibanco, desde que haja funcionários do banco de origem do serviço. O Sindicato volta a insistir na formalização de acordo para a garantia de emprego durante a fusão.
8 de abril
Banco atende reivindicação do Sindicato e divulga a criação do centro de realocação profissional interno para evitar as demissões – veja regras no quadro. Outro programa, o Faça Sua Carreira na Rede, também foi conquistado, sendo direcionado
ao pessoal das áreas administrativas. Além disso, as novas agências seguirão o modelo do Itaú que contam com um número maior de funcionários. Nesse caso, o Sindicato sugeriu também a criação de, pelo menos, dois novos cargos por agência: de assistente de gerente e de gerente pessoa física.
13 e 28 de maio
No dia 13 de maio, sai primeiro balanço do centro de realocação: 1.088 funcionários já realocados, cerca de 170 em processo seletivo. Entre os realocados, 05 foram para as agências, 291 para as financeiras e os demais para a holding. Na última negociação, dia 28 de maio, os múmeros são atualizados e passam a 1.135 realocações concluídas e outras 302 estão em processo de mudança de área. No entanto, o banco apresenta programa de aposentadoria considerado insuficiente pelo Sindicato.
As propostas dos bancários para manter os empregos e os direitos
• Aplicação da Convenção 158 da OIT, que inibe dispensas imotivadas.
• Suspensão imediata das demissões e das contratações.
• Qualquer operação ou negócio só poderá ser repassado a outro banco, desde que haja, ao mesmo tempo, a realocação dos funcionários.
• Criação de um centro de realocação.
• Efetivação dos atuais estagiários e suspensão do programa Menor Aprendiz
• Redução da jornada de trabalho, sem reduzir salários.
• Suspensão de hora extra e de banco de horas, abrindo espaço para realocação de funcionários de outras áreas.
• Manutenção da rede de agência com ampliação em, no mínimo, 20% dos postos de trabalho.
• Internalização das áreas de sistemas, compensação, tesouraria, crédito, caixa rápido, call center, entre outros.
• Suspender novos projetos de terceirização e não renovar contratos de terceirizadas.
• Criação de um programa de incentivo à aposentadoria de forma voluntária.
• Manutenção dos direitos, observando as condições mais vantajosas.