– O Adicional é de R$ 1.500,00.
– O Complemento é de dois salários brutos, descontada a antecipação de 80% do salário bruto, mais R$ 828,00.
– O Itaú lucrou R$ 6,480 bilhões no 2º semestre de 2006.
– A lucratividade aumentou em 23,4%, no ano passado.
– Pagamento não é prêmio, é conquista da greve passada, afirma o sindicalista Miro Baptista.
O banco Itaú anunciou hoje, em São Paulo e no Rio de Janeiro, a antecipação do adicional e do complemento da PLR pactuados na Convenção Coletiva 2006/2007 celebrada no final da última greve.
Na reunião do Rio, na Federação RJ-ES, com os diretores de Relações Sindicais e de Recursos Humanos do banco, o Sindicato de Niterói e Região esteve representado pelo sindicalista Miro Baptista, funcionário do Itaú.
O adicional, de 1.000 a 1.500 reais, estava previsto para os bancos que tivessem aumento de lucratividade acima de 15%. Como o Itaú, após a divulgação do balanço do semestre passado, teve um lucro de 23,4% em 2006, terá que pagar o valor máximo: R$ 1.500,00.
Já o complemento é uma nova conquista da Campanha Salarial 2006, segundo a qual 5% do lucro líquido dos bancos têm que ser distribuído entre seus funcionários, com um patamar mínimo de 80% de um salário bruto mais R$ 828, valores que já foram pagos, em 2006.
Como a distribuição do lucro líquido ultrapassa os valores antecipados, o pagamento do complemento também será o máximo previsto no Acordo 2006/2007: dois salários brutos, descontada a antecipação.
O pagamento do adicional e do complemento da PLR seria feito no dia 27 de fevereiro, mas a direção do banco, diante do lucro de R$ 6,480 bilhões no 2º semestre de 2006, decidiu antecipar para o dia 23, enquanto os sindicalistas reivindicavam o pagamento no dia 16, antes do Carnaval.
“Os funcionários devem perceber que o pagamento da PLR no dia 27 não é fruto da generosidade ou do reconhecimento dos banqueiros em relação à categoria. É o fruto da Campanha Salarial passada, conquistado na luta, nas ruas, principalmente os 5% do lucro líquido, uma nova conquista dos bancários. Não se trata de um prêmio, trata-se de uma obrigação do banco”, ressaltou Miro Baptista, diretor-tesoureiro do Sindicato.