Os sindicalistas vão cobrar dos presidentes dos bancos que assumam por escrito o compromisso de que a fusão não resultará em fechamento de agências e nem demissões de bancários.
A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú se reúne com a direção do banco nesta segunda-feira, dia 10, para discutir a fusão com o Unibanco e buscar garantia de emprego para os bancários.
Os sindicalistas vão cobrar dos presidentes do Itaú e do Unibanco – Roberto Setúbal e Pedro Moreira Salles – que assumam por escrito o compromisso de que não haverá fechamento de agências e nem demissões de bancários. Os dos banqueiros falaram isso publicamente na entrevista coletiva que concederam na segunda-feira para anunciar a fusão que resultará no maior banco do Hemisfério Sul.
O acordo por escrito é necessário porque o Itaú já descumpriu compromissos semelhantes feitos nas aquisições anteriores do banco. Nos processos de compras do Banerj, Banestado, Bemge e BEG, por parte do Itaú foram cortados mais de 13 mil postos de trabalho.
No mesmo dia do anúncio da fusão, o movimento sindical definiu várias medidas para impedir demissões nos dois bancos, como a abertura das negociações com a diretoria das da empresa, uma plenária com os funcionários (com data que será ainda definida), exigir o acompanhamento do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), pedir audiência à área econômica do governo federal e buscar apoio de deputados e senadores. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) incluiu o tema na reunião de sua direção nacional, na quarta-feira, dia 5.