Só com muita pressão da categoria os banqueiros vão negociar este ano. Na rodada de quarta-feira, dia 17, os representantes dos bancos se negaram a discutir as reivindicações econômicas e marcaram outra reunião para o dia 24. Eles ainda tentaram condicionar a negociação das cláusulas econômicas a três retiradas de conquistas: redução do tempo de concessão do auxílio-creche/babá, diminuição do vale-transporte e redução da estabilidade dos bancários em pré-aposentadoria. Tudo foi obviamente negado pelo Comando Nacional dos Bancários, e o Sindicato vem intensificando a mobilização com manifestações em diversos municípios (foto).
Só com muita pressão da categoria os banqueiros vão negociar este ano. Na rodada de quarta-feira, dia 17, os representantes dos bancos se negaram a discutir as reivindicações econômicas e marcaram outra reunião para a quarta-feira da semana que vem, dia 24.
Eles ainda tentaram condicionar a negociação das cláusulas econômicas a três retiradas de conquistas, propostas por eles no dia anterior: redução do tempo de concessão do auxílio-creche/babá, diminuição do vale-transporte e redução da estabilidade dos bancários em pré-aposentadoria. Tudo foi obviamente negado pelo Comando Nacional dos Bancários.
Atos em Rio Bonito, Itaboraí, Cabo Frio, São Gonçalo e Niterói
Nas seis rodadas de negociação anteriores, os bancos rejeitaram todas as propostas sobre saúde e condições de trabalho, igualdade de oportunidades, emprego e segurança. Por isso, as manifestações do Sindicato se fazem cada vez mais necessárias para informar e mobilizar os bancários.
Quarta-feira, dia 18, houve manifestações nas agências de Rio Bonito, com banda de música, equipe de teatro e distribuição de cachorro-quente para a população. Na semana anterior, as atividades aconteceram nas agências de Alcântara (dia 11), Centro de São Gonçalo (dia 10) e Icaraí (dia 9). Os atos começaram dia 28 de agosto no Centro de Niterói. Para a próxima semana, estão previstas manifestações em Cabo Frio e Itaboraí, sempre com o carro de som, cartazes e panfletos denunciando a intransigência dos banqueiros, que contrasta com os recordes de lucros dos bancos.
Novo calendário de mobilização
Diante da confirmação de que os bancos não estão mesmo dispostos a negociar, o Comando Nacional dos Bancários aprovou no dia 17 um novo calendário de mobilização que aponta para a greve caso os bancos não atendam às reivindicações:
19/9 – Negociação das questões específicas da Caixa Federal.
22 a 29/9 – Manifestações em todo o país.
23 e 24 – Negociação das reivindicações específicas do Banco do Brasil.
24 – Negociação para apresentação de propostas econômicas com a Fenaban.
25 – Dia Nacional de Luta.
26 – Negociação das questões específicas com a Caixa Federal e com o BNB.
Até 29/9 – Realização de assembléias em todos os sindicatos para avaliar as propostas que a Fenaban apresentará no dia 24.
Negativas sobre PLR e metas abusivas
Na reunião de quarta-feira, o Comando Nacional também exigiu resposta à nova formulação de participação nos lucros apresentada pelos bancários, mais simples e com aumento de valor: três salários mais R$ 3.500. Os representantes dos bancos responderam que ainda não fizeram simulação sobre a nova proposta.
Quanto à reivindicação para acabar com metas abusivas, os negociadores da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) disseram que não existem metas abusivas e que a questão das metas é assunto individual de cada banco em suas estratégias de concorrência. Acrescentaram que esse não é tema econômico e que, quando houver problemas relacionados a ele, devem ser discutidos na mesa temática sobre assédio moral.