Sindicato devolve Imposto Sindical

Sindicalizados vão receber cheque nominal na própria agência. O valor corresponde a tudo que o sindicato recebe do Imposto Sindical: 60% do dia de trabalho descontado em março de todos os trabalhadores.

Em 2006, o Sindicato dos Bancários de Niterói e Região completa 60 anos e, pela segunda vez em sua história, ambas na gestão do atual presidente, Jorge Antonio (HSBC), devolverá aos sindicalizados 60% do Imposto Sindical, aquele dia de trabalho descontado em março de todos os trabalhadores.
Esse percentual é o que cabe ao Sindicato na distribuição dessa verba, da qual o Governo fica com 20%, a Federação dos Bancários RJ-ES com 15% e a Confederação Nacional dos Bancários (CNB-CUT) com 5%.
Este ano, haverá duas duas novidades na devolução do Imposto Sindical.
O Sindicato devolverá o Imposto aos sindicalizados antes de receber o repasse do Governo e os bancários não precisarão ir à entidade para receber.

Quem se filiar em maio também receberá
A partir de 2 de maio, os sindicalistas irão às agências entregar cheques nominais, em mãos, aos sindicalizados. Como no ano passado, os não-sindicalizados que se filiarem em maio também receberão a devolução.
O Imposto Sindical foi criado pela ditadura Vargas, em 1943, dentro do modelo nazi-fascista que visava enfraquecer os sindicatos, já que o Imposto substituiu a obrigatoriedade de filiação à entidade de classe para o exercício da profissão, o que ainda ocorre em algumas categoria (advogados, jornalistas, médicos, engenheiros, psicólogos).
O Imposto permite inda a sobrevivência de sindicatos sem representatividade na base, daí a CUT ser a favor da extinção do Imposto Sindical, lei que já tramita no Congresso e o Sindicato com essa atitude vai se habituando a viver sem essa verba.

Opinião
“‘Sindicalizar é preciso’”
(Jorge Antonio Oliveira, presidente)
“A devolução do Imposto pela segunda vez demonstra o sucesso da gestão financeira de nossa diretoria. É também um repúdio à contribuição imposta. Preferimos viver da contribuição consciente, espontânea. Portanto, sindicalizar é preciso.”