A assembléia de hoje, às 19 horas, no Sindicato dos Rodoviários (Rua Marechal Deodoro 74 – Centro – Niterói), os funcionários dos bancos federais também vão votar se devem ou não aceitar as propostas feitas. Banco do Brasil e Caixa Econômica anunciaram que vão seguir a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que ofereceu reajuste de 6%, abono de R$ 1.700 e PLR de 80% do salário bruto, mais uma parcela fixa de R$ 800 (R$ 400 por semestre).
Hoje o Sindicato paralisou agências de bancos privados no Centro de Niterói, mas a abertura foi forçada por interditos proibitórios. Na agência Niterói Centro do Bradesco, houve enterro simbólico (foto) do presidente da Fenaban, Márcio Cipriano. “Essa conquista é fruto da mobilização dos bancários nesses dias de greve”, disse o presidente do Sindicato, Jorge Antônio.
A Caixa Econômica, além de seguir a proposta econômica da Fenaban, concederia um um delta de promoção para todos, o que representaria, em média, 1,8% a mais sobre os salários. Com o aumento da Fenaban, nesta campanha os bancários da Caixa teriam cerca de 3% de aumento real. Pela proposta está previsto também o reescalonamento das dívidas dos empregados, com critérios que deverão ser apresentados até a próxima sexta-feira, dia 14. Outras conquistas são a autorização para inclusão como dependente no Saúde/Caixa de companheiro(a) do mesmo sexo e a conversão de até 30 dias de Licença Prêmio e APIP. A partir de 1o de janeiro, seriam conquistados avanços em alguns cargos do PCC. Entre eles, a criação do cargo em comissão de Caixa Executivo, com a extinção do Caixa Flutuante, e a abertura de aproximadamente 7.600 vagas, das quais 3.900 serão automaticamente ocupadas pelos atuais caixas efetivos em extinção e as demais por meio de processo seletivo, com critérios negociados com os representantes dos empregados. A comissão do novo cargo será de R$ 629 e o piso de mercado de R$ 1.713.
No caso do Banco do Brasil, além da PLR, que já foi votada, e da correção da Parcela Previ, a direção do banco propôs cumprimento do reajuste da Fenaban, bem como correção de 6% na parcela fixa de R$ 30, elevando-a para R$ 31,80 para aqueles que recebem até R$ 1.500. Há a garantia, ainda, da isonomia nas ausências permitidas entre os novos funcionários e os bancários do setor privado. Embora melhore a situação atual, os novos empregados do BB continuam em defasagem em relação aos contratados antes de 1998. Sobre a Cassi, o banco disse que ainda não tem nenhuma proposta, mas se comprometeu a apresentar um “projeto global” dentro de no máximo 60 dias. Foi reafirmada a assinatura da Convenção Coletiva acordada com a Fenaban com aditivo para os itens específicos. O banco propôs também a isenção de tarifas e anuidade no cartão para os funcionários, com exceção das taxas de devolução de cheque, adiantamento de depósito, contra ordem, cheques abaixo de R$ 40,00 e inclusão no CCF. Sobre as dívidas dos funcionários com o banco, o BB propôs parcelamento em até 60 meses com taxas que variam entre 1,9% e 2,93% ao mês.