Direção do BB nega novamente a antecipação da PLR e quer debater PCS/PCC e PP depois da campanha
Se o funcionário do Banco do Brasil pretende em 2005 algo melhor do que conquistou na Campanha 2004 no TST (Tribunal Superior do Trabalho), pode ir se organizando para uma greve mais bem feita do que a do ano passado porque parece que sem isso a direção do BB não avançará um milímetro em benefício de suas reivindicações.
Na 3ª rodada de negociação com a Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (COE-BB), os representantes do banco repetiram a postura da 2ª rodada e não apresentaram nenhuma proposta.
A antecipação da PLR (Participação nos Lucros e nos Resultados) foi negada pela segunda vez, sob a alegação, também repetida, de “impedimentos jurídicos”, os quais, curiosamente, não impediram o seu pagamento no Unibanco, no último dia 15.
Quanto à Parcela Previ (PP), prometida em “questão de dias” há dois anos, o estudo do banco continua aguardando autorização do governo.
Sobre o PCS/PCC (Plano de Cargos e Salários/Plano de Cargos Comissionados), a direção do banco disse que não quer discutir o assunto durante a Campanha dos Bancários, estratégia que adotou durante os anos FHC, empurrando o assunto para GT’s (Grupos de Trabalho), cujos estudos nunca saíram do papel.
“No momento em que o governo é atacado por todos os lados, não negociar seriamente no BB é se afastar mais ainda do funcionalismo do banco, tradicional aliado de Lula. A direção do banco repete o papel de uma dúzia de dirigentes do PT, tentando jogar pelo ralo 25 anos de luta e um momento impar em 505 anos. Ou será que esses dirigentes acham que manterão seus cargos em um governo do PSDB? O pior de tudo é alegar falta de recursos para atender as reivindicações com um crescimento de mais de 400% nos últimos seis anos”, comentou indignado Marcelo Quaresma (BB), diretor de Imprensa e Comunicação.