Levar a greve para a Justiça, como quer fazer a Contec, é prejudicial á categoria, como mostram experiências passadas. A melhor solução está na negociação.
A Contec, que não tem representatividade nenhuma entre os bancários, pediu ajuizamento do dissídio coletivo do Banco do Brasil e da Caixa Econômica no Superior Tribunal do Trabalho. A Executiva Nacional dos Bancários é completamente contrária a essa iniciativa. “Os conflitos devem ser solucionados por meio de negociação. O julgamento de dissídio pode ser uma saída muito perigosa para a categoria. Já tivemos julgamentos de greve de bancários que foram prejudiciais para nós”, explicou Vagner Freitas, presidente da Confederação Nacional dos Bancários (CNB/CUT) e coordenador da Executiva Nacional dos Bancários.
O histórico de julgamentos no TST são desfavoráveis aos bancários. Nas duas últimas vezes em que ocorreram julgamentos das reivindicações dos funcionários do BB as sentenças foram desfavoráveis. Em 1997, o Tribunal determinou a redução do interstícios de 12% para 3% no Plano de Cargos e Salários e em 1999 os bancários perderam o direito ao anuênio. Já na Caixa, em 1991, o TST considerou a greve ilegal e 110 funcionários foram demitidos por justa causa.
Além disso, essa medida significa deixar de acreditar na força do trabalhador e apostar no poder normativo da Justiça do Trabalho e, por último, ainda divide a categoria uma vez que o dissídio é só para o Banco do Brasil e Caixa, separando a campanha.