Dia 11 os bancários de Niterói e Região fizeram o enterro simbólico da intansigência dos banqueiros (foto), que se negam a negociar com a categoria. O ato público aconteceu em frente à agência Centro do Itaú, na Avenida Amaral Peixoto, Centro de Niterói. Houve caixão, faixas, flores e explicações à população.
Esta é a maior greve da história dos bancários no Brasil, e completa um mês com ainda mais força para alcançar a vitória. Os banqueiros ofereceram 8,5% de reajuste salarial mais R$ 30 para quem ganha até R$ 1.500 brutos. A categoria exige 19% de aumento e abono de R$ 1.500, até porque o trabalho dos bancários fez os bancos lucraram, só no primeiro semestre deste ano, 78,2% a mais que no mesmo período do ano passado.
As outras verbas da proposta dos banqueiros são:
> PLR: 80% do salário bruto + R$ 705 fixos (valor máximo de R$ 5.010)
> Pagamento da PLR: 60% em até dez dias após a assinatura do acordo e 40% em março de 2005
> Cesta-alimentação extra de R$ 217, a ser paga no fechamento do acordo
Essa foi a segunda proposta dos banqueiros. Antes, em assembléia no dia 13 de agosto, os bancários de Niterói e Região rejeitaram os 6% de reajuste salarial oferecidos na quarta rodada de negociação, dia 10. “Não adianta continuar com as negociações porque nós não mexeremos na proposta”. Essas palavras, que parecem provocação são do negociador dos banqueiros, Magnus Apostólico, na última reunião com os bancários. Só no primeiro semestre deste ano, os bancos lucraram R$ 11,6 bilhões (78,2% a mais que o mesmo período de 2002) e dizem que não têm condição de dar um reajuste melhor.
“Estamos cada vez mais fortes”, avaliou Jorge Antônio, presidente do Sindicato de Niterói. “É preciso ampliar a paralisação para chegarmos logo à vitória”, disse.