Lições da Campanha

Sindicato faz sua parte, mas falta de unidade nacional emperra negociações.

A Campanha 2006 não teve os resultados esperados pelos bancários, alguns dos quais, sem participar de assembléias ou comitês de convencimento, se voltam contra o Sindicato, o bode expitatório de muitas culpas.
A Diretoria do Sindicato, com 56 diretores e a ajuda de poucos bancários e muitos não bancários, fez a sua parte: parou as quase 200 agências da base.
Foi a greve de maior índice de fechamento de agências dos 60 anos da História do Sindicato de Niterói e Região.
Porém, em relação ao número de funcionários em greve, não se pode dizer o mesmo. Muitos usaram uma série de expedientes para registrar seus pontos, que é o que, de fato, conta na mesa de negociação.
Apesar disso, o que mais prejudicou o movimento foi a falta de unidade nacional.
No início, uma greve de 24 horas se tornou por tempo indeterminado em uma dúzia dos 108 sindicatos de bancários do País.
No final, o Comando Nacional não enviou orientação às assembléias sobre as propostas da Fenaban, BB e CEF. Cada sindicato decidiu a sua maneira e, novamente, uma dúzia seguiu isolada, sem resultado.
Lado Positivo
1 – Mais de 90% das agências dos 16 municípios de Niterói e Região fechadas, um recorde na História do Sindicato.
2 – Fechamento de agências, principalmente nos municípios distantes da Sede independente da presença da Diretoria.
3 – Maior número de bancários não aparecendo nas portas de suas agências, causando tumulto.
4 – Maior reação do Jurídico do Sindicato aos interditos proibitórios.
5 – Maior reação dos comitês de convencimento aos interditos proibitórios.
Lado Negativo
1 – Muitos bancários registrando seus pontos, apesar de suas agências estarem fechadas.
2 – Menor de bancários ajudando a Diretoria nos comitês de convencimento.
3 – Menor número de bancários nas assembléias, principalmente na decisiva, na terça-feira, dia 10.
4 – Truculência de alguns policiais militares e seguranças de bancos contra grevistas.