Assembléia amanhã avalia negociação com banqueiros hoje

Bancários negociam com a Fenaban nesta terça-feira preparados para greve a partir do dia 5. Em Niterói e Região, a assembléia para avaliar a negociação e definir se haverá greve ou não acontece quarta-feira, dia 4, às 18h30 , no Sindicato dos Rodoviários (Rua Marechal Deodoro 74, Centro de Niterói, próximo ao terminal João Goulart).

Dois dias antes do início da greve geral por tempo indeterminado dos bancários, a Fenaban e o Comando Nacional realizam nesta terça-feira, dia 3, a sétima rodada de negociações. Caso os banqueiros não apresentem uma proposta séria que contemple aumento real de salários e uma PLR maior, os bancários de todo o Brasil devem referendar a greve em assembléias marcadas para esta quarta-feira. A de Niterói e Região será às 18h30, no Sindicato dos Rodoviários (Rua Marechal Deodoro 74, Centro de Niterói, próximo ao terminal João Goulart). A negociação de hoje com a Fenaban está marcada para as 15h, em São Paulo.
“Já estamos em Campanha há quase dois meses e até agora os banqueiros só apresentaram uma proposta, que soou como provocação para a categoria. Voltamos a nos reunir com a Fenaban nesta terça-feira e se nossas reivindicações não forem atendidas vamos parar a greve partir desta quinta-feira, sem data para voltar ao trabalho”, afirmou Vagner Freitas, presidente da Contraf-CUT.
Na última rodada de negociações, realizada no dia 27 de setembro, a Fenaban propôs 2% de reajuste, menos que a inflação do período, estimada em 2,8% segundo o INPC. Sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), os banqueiros se propuseram a pagar 80% do salário, mais R$ 816 de parte fixa, com R$ 500 no caso de o banco aumentar sua lucratividade em pelo menos 25%.
“A proposta é uma vergonha, porque os banqueiros estão querendo é reduzir os salários. Rejeitamos esta proposta de pronto, pois além de não conter aumento real ela é menor que a do ano passado, mesmo com aumentos recordes de lucratividade”, afirma Vagner Freitas, presidente da Contraf-CUT.

Mobilização
Depois da greve de 24 horas realizada na terça-feira passada, os bancários do país inteiro permaneceram mobilizados para pressionar a Fenaban. Desde a última rodada de negociações, na quarta-feira, o Comando Nacional orientou para que os sindicatos realizem assembléias no dia 4 de outubro para votar a greve por tempo indeterminado a partir do dia seguinte.

Veja as principais reivindicações da Campanha Nacional 2006
> Índice de reajuste: 7,05% de aumento real, mais a inflação no período (1º/09/ 2005 a 31/08/2006)
> Participação nos Lucros e Resultados (PLR): 5% do lucro líquido linear para todos, mais um salário bruto acrescido de R$ 1.500
> Saúde e condições de trabalho
> Fim do assédio moral
> Fim das metas abusivas
> Isonomia para todos
> Mais segurança bancária
> Defesa do emprego
> Ratificação da Convenção 158 da OIT, que proíbe dispensas imotivadas
> Ampliação do horário de atendimento bancário com dois turnos de trabalho
> Mais contratações
> Respeito à jornada de seis horas
> Piso da categoria: R$ 1.500 (valor atual R$ 839,93)
> Auxílio-creche/babá: 1 salário mínimo, R$ 350 (valor atual 165,34)
> Cesta-alimentação: R$ 300 (valor atual 230,02)
> Gratificação de caixa: R$ 500 (valor atual R$ 226,65)
> 13ª Cesta-alimentação
> 14º salário
(Fonte: Contraf-CUT)