@ Após levar seu filho de 11 anos para ver o filme do ursinho “Ted” [na cena da foto com garotas de programa], o delegado da Polícia Federal e deputado idem pelo PCdoB-SP, Protógenes Queiroz, quer que o filme seja proibido pelo crime de apologia às drogas. Aliás, Protógenes achou que o próprio filme é uma droga, o que também é proibido no Brasil. Por sinal, Ted é proibido para menores de 16 anos. Com 11 anos, Protogenezinho deveria ter sido proibido de ir ao filme pelo papai.
@ Pra quem não lembra, em 2008, Protógenes comandou a Operação Satiagraha, que colocou na cadeia o banqueiro Daniel Dantas. Parece que a Polícia Federal concorda com a tese do Tira-Gosto que associa nome feio à corrupção, pois a PF está combatendo os corruptos com a mesma moeda: o nome feio. O responsável pelas investigações de compra de votos em Alagoas é o delegado Políbio. Já na Operação Monte Carlo, um dos acusados de ser informante de Carlinhos Cachoeira na PF é o delegado Deuselino dos Santos, que, além de ser Deuselino, é “dos Santos”.
@ No Uruguai, o governo do presidente José Mujica, que já permite o consumo de maconha em público, quer estatizar a produção da erva, além de regulamentar sua venda em locais autorizados, como já é feito com a erva preferida dos uruguaios, o mate. Se a moda pegar no Mercosul, Dilma vai criar a Maconbras.
@ Assim como Dilma (sem trocadilho, pelo amor de Deus!), Mujica combateu a ditadura militar de seu país. Foi guerrilheiro do grupo Tupamaros, nos Anos 1970, época dos hippies, e passou 14 anos na prisão. Hoje, mora em uma fazenda próxima a Montevidéu com uma ex-militante política, sua companheira há 40 anos, tem um fusquinha e doa 90% de seu salário a ONG’s e pessoas carentes. Assim como Fernando Henrique Cardoso, Mujica já deve ter fumado maconha.
@ Os analistas dizem que os 12 anos da ditadura de Bashar al-Assad na Síria estão com os dias contados. Enquanto esse dia não chega, o ditador segue contando cadáveres… Atualmente, na Síria, o povo vai mais ao cemitério que ao shopping.
@ O Observatório Sírio dos Direitos Humanos, uma ONG inglesa, diz que nos últimos 18 meses morreram mais de 30 mil pessoas na Primavera Árabe síria, enquanto a ONU diz que foram “só” 20 mil… Que diferença faz 10 mil sírios mortos a mais ou a menos pra ONU?… Nenhuma! Afinal, eles são sírios. Se fossem americanos, faria uma diferença danada.
@ Comentário do nosso analista político fanho, em sírio!… Al-Assad não bara de Bashar a borrada na obosição.
@ Em Cardoso Moreira, cidade de 11 mil habitantes no norte do Estado do Rio, os três candidatos à prefeitura informaram à Justiça Eleitora que pretendem gastar na campanha cerca de R$ 2,5 milhões. Marcelo Freixo (PSOL), candidato à prefeitura do Rio de Janeiro, cidade com quase 6,5 milhões de habitantes, pretende gastar o mesmo… Como Cardoso Moreira cresceu, gente!
@ Entre os 640 candidatos a prefeito com candidatura indeferida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 92 são do PMDB, 81 do PSDB, 49 do PT, 48 do PP, 48 do PR, 43 do PSB, 39 do PDT, 34 do PTB, 16 do PV, 8 do PCdoB e 6 do PSOL. Os outros 176 estão divididos entre mais 10 partidos. Tem ficha suja pra todos os lados. Da direita até a esquerda.
@ “Como Joaquim Barbosa vai coordenar o Tribunal quando se tornar presidente? Como ele vai se relacionar com os demais poderes? Ele é algodão entre cristais. Não pode ser metal entre cristais”. Marco Aurélio de Mello sobre o relator do processo do Mensalão, que deve se tornar presidente do STF por antiguidade no Tribunal… “Algodão entre cristais” é o nome de um livro de autoajuda. Será que foi leitura de cabeceira recente do ministro Marco Aurélio?
@ “Um dos principais obstáculos a ser enfrentado pela presidência do Supremo é Marco Aurélio de Mello. Ao contrário de quem me ofende, devo minha ascensão profissional a estudos. Jamais tirei proveito de relações de natureza familiar”. Joaquim Barbosa, lembrando que Marco Aurélio foi nomeado para o STF por seu primo Fernando Collor “de Mello”.
@ “Não se deve brincar à beira do abismo”. Dilma Roussef, vendo a marolinha virar onda.
@ “No início do meu governo, o país estava à beira do abismo. Após meu mandato, deu um passo à frente”. General Garrastazú Médici, ditador brasileiro entre 1968 e 1973. País que, no abismo, deu um passo à frente, deu no que deu.
@ Esta coluna é dedicada à memória do jornalista Vladimir Herzog, assassinado em 1975, nas dependências do II Exército, no DOI-CODI de São Paulo, nos porões da ditadura. Depois de 37 anos, a pedido da Comissão da Verdade, a Justiça paulista determinou que em seu atestado de óbito o motivo de sua morte deixe de ser “asfixia mecânica”, afirmando a versão de suicídio por enforcamento da Ditadura Militar, passando a constar morte por “maus tratos”. A Democracia não caminha onde a verdade é esquecida.