O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) foi criado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), em 1989, o último ano do governo José Sarney (PMDB), quando a inflação fechou em 656,81%.
No ano seguinte, o primeiro do governo Fernando Collor (PRN), mesmo com o confisco de contas correntes e poupanças, a inflação anual ficou em 1.699,70%.
O maior IGP-M da História aconteceu em 1993, no governo Itamar Franco (PRN): 2.567,46%.
Então, veio a Era FHC (PSDB), quando o presidente, Pai do Plano Real, dizia que “a inflação acabou!”.
A FGV não concordava…
Nos oitos anos de FH, o IGP-M acumulado somou 152,06%, enquanto nos bancos privados os salários foram reajustados em cerca de 1/3 desse percentual, no Banco do Brasil em 8,9% e na Caixa Econômica em 5%.
O tucano começou seu governo com uma inflação de 15,25%, em 1995, e terminou com 25,31%, em 2002.
O ano de 2005 foi marcado pelo escândalo do mensalão: Roberto Jefferson, Marcos Valério, Delúbio Soares, Silvio Pereira, Duda Mendonça e, sem provas até o momento, José Dirceu, além de Lula, pois, segundo muitos, “é claro que ele sabia!”, embora ninguém tenha provas disso.
Aliás, o relatório da CPI do Mensalão concluiu que o mensalão não existe. Quem diz que o mensalão existe são as CPI’s dos Correios e dos Bingos, onde na maioria dos depoimentos ninguém pronuncia a palavra correio ou bingo.
Na CPI dos Correios fala-se muito nos contratos de publicidade da Visanet, ligada ao Banco do Brasil, ou das lotéricas, ligadas à Caixa Econômica.
Na CPI dos Bingos fala-se muito no assassinato de Celso Daniel, aparentemente ligado aos transportes coletivos de Santo André (SP).
Enquanto a crise política ocupou as primeiras páginas, os cadernos de economia registraram – muito a contragosto – os recordes da História do Brasil do governo Lula. Entre outros, maior saldo da balança comercial, maior safra agrícola, maior exportação agrícola, maior valorização dos títulos da dívida externa, único governo que não pediu empréstimos ao FMI e o único a emitir títulos da dívida externa em moeda nacional.
O último recorde do governo Lula foi a inflação anual de 2005, medida pelo IGP-M, a menor de toda a história do índice: 1,21%.
Todo o cidadão sabe que é beneficiado pela redução da inflação. No caso do IGP-M, em 2006, o consumidor sentirá, ou melhor, não sentirá diretamente o impacto desse recorde no índice de reajuste das tarifas de energia, que, segundo os contratos de privatização, são reajustados de acordo com esse medidor da FGV, justamente o que sofre maior impacto do dólar, que nos anos FHC, tempos de privatizações, teve uma cotação crescente, mas que, no governo Lula, vem decrescendo.
Em 2005, os recursos não contabilizados de campanha, o caixa dois, a corrupção provocaram muitas piadinhas. Mas, este ano, a coisa é séria! É ano de eleição!
Comece 2006 contando para os seus amigos a última do Lula: o menor IGP-M anual da História: 1,21%. E se quiser, conte ainda sobre a deflação de dezembro: (-) 0,01% (MQ).