Venda do HSBC deixa Sindicato dos Bancários de Niterói em alerta

Jornal destacou a preocupação da direção da entidade com o possível fechamento de postos de trabalho com a aquisição do banco por outra instituição financeira já atuante no Brasil

Um número de aproximadamente 20 mil trabalhadores brasileiros do banco britânico HSBC podem perder o emprego nos próximos dias, já que a instituição financeira anunciou, em um comunicado divulgado ontem, que irá vender suas atividades no Brasil e na Turquia. A razão da transação se apoia em um plano de reestruturação mundial, cuja meta é suprimir 50 mil postos de trabalho. Em função disso, o Sindicato dos Bancários de Niterói e Região observa a questão como preocupante, principalmente em função do cenário de crise econômica no País.

A decisão de reestruturação global é parte da meta de “reduzir os custos em algo entre 4,5 e 5 bilhões de dólares anuais até 2017”, segundo o comunicado. O banco com o maior número de ativos da Europa sofreu quedas nos resultados registrados em 2014 e foi afetado por grandes multas, sobretudo no Reino Unido e nos Estados Unidos.

Em Niterói o HSBC possui nove agências, no Centro, Icaraí, Pendotiba e Região Oceânica, e a transação é motivo de apreensão para o sindicato que representa a classe na cidade, como explica o presidente Luiz Claudio de Souza Costa.

“Sabemos dessa notícia há uma semana e gerou muita preocupação, porque sabemos que são cerca de 20 mil funcionários no País que estão em risco de perderem seus empregos. Mas estamos trabalhando para amenizar esse impacto, através de audiências públicas, na sede do HSBC e no Banco Central. Queremos preservar os postos de trabalho desses famílias”, declarou o mandatário, que revelou que nos bastidores do mercado financeiro Itaú, Bradesco e Santander estão concorrendo pela aquisição do HSBC, além de uma instituição financeira da China e outra latino-americana.

“Avalio como mais interessante um banco estrangeiro adquirir o HSBC para entrar no mercado nacional. Porque no caso de um já estabelecido, o foco vai ser apenas na incorporar novos clientes e não preservar os postos de trabalho”.

Fonte: Jornal A Tribuna