Bancários compareceram e decidiram pela continuação do processo e rejeitaram a proposta oferecida pela direção do banco que exigia a retirada de alguns funcionários da ação judicial
Na quinta-feira, 16 de abril, no Espaço Assembleia do Sindicato dos Bancários de Niterói, mais uma vez ficou comprovada a importância da participação de todos nas assembleias e a importância do voto de cada um.
A votação sobre a aceitação ou não da proposta de acordo do Banco do Brasil para os beneficiários do processo BB Anuênio 2000 terminou empatada em 28 a 28, com uma abstenção, tendo que o impasse ser decidido pelo Voto de Minerva do presidente da mesa da assembleia, Marcelo Quaresma, sindicalista do BB e beneficiário do processo, que, antes, havia declarado o voto de abstenção.
Antes de proferir o Voto de Minerva, Quaresma afirmou que “Quando não se sabe bem o que fazer, o melhor é não se fazer nada” e, diante de uma assembleia dividida, optou pela rejeição da proposta e pela continuidade da ação, paralelamente à continuidade das negociações com o Banco, acatando os argumentos de que 34 colegas não estavam contemplados na proposta e que outros receberiam valores irrisórios, além do que, entre os beneficiários, havia diferença nos percentuais dos valores oferecidos em relação ao cálculo do contador contratado pelo Sindicato.
Dos 254 beneficiários do processo, somente 75 (29,5%) estavam presentes no início da assembleia.
No final, a votação de 28 a 28, com uma abstenção, somando 57 votos, revelou que 18 participantes se retiraram antes da decisão final. E qualquer um deles poderia ter levado a assembleia ao resultado inverso.
Além disso, qualquer um dos 179 (70,4%) que não foram à assembleia também poderia ter mudado a decisão da mesma.
Fica a lição de que a presença de todos e o voto de cada um é fundamental para que uma assembleia, de fato, reflita, democraticamente, a vontade da maioria dos interessados em seu resultado.
Por Marcelo Quaresma – Vice-presidente Seeb-Nit e Diretor do BB