Bancários de Niterói protestam contra projeto de lei da terceirização e retarda abertura de agências

Dia Nacional de Paralisação e Mobilização teve participação de trabalhadores de todo país nesta sexta-feira (30)

O Sindicato dos Bancários de Niterói e região retardou a abertura em uma hora de agências bancárias localizadas no centro de Niterói intensificando a mobilização e a participação no Dia Nacional de Mobilização e Paralisação convocada pela CUT e pelas demais centrais sindicais para esta sexta-feira 30 em todo o país, que tem como um dos eixos centrais o combate ao PL 4330 da terceirização, que retira direitos e precariza o emprego. A paralisação foi, portanto, uma forma de mostrar à população os malefícios que este projeto pode causar, principalmente, na categoria bancária.

De autoria do deputado federal Sandro Mabel (PMDB-GO), o PL 4330/04 libera a terceirização sem limites – inclusive na atividade principal da empresa, seja ela privada ou pública – e acaba com a responsabilidade solidária, na qual a contratante arca com as dívidas trabalhistas não pagas pela terceirizada.

Se o projeto for aprovado, os bancos vão acabar com os caixas e gerentes e contratar terceirizadas especializadas. Não é à toa que a Fenaban está coordenando a bancada patronal na Câmara dos Deputados para aprovar o PL 4330.

Além de diversas mobilizações contra a aprovação do projeto no Congresso Nacional, a CUT participou de várias rodadas de negociação na mesa quadripartite formada pelas centrais, empresários, governo e parlamentares. Porém, não houve avanço em pontos fundamentais para a garantia de direitos dos trabalhadores/as, já que o empresariado e o relator do PL, o deputado Artur Maia (PMDB-BA), continuam intransigentes e querem impor a terceirização ilimitada.

A mesa de negociação será encerrada na próxima segunda-feira, 2 de setembro. Por isso a CUT e suas confederações, entre elas a Contraf, exigem a retirada do PL 4330 da pauta do Congresso.

Os sindicalistas são contra a aprovação deste projeto e já conseguiram adiar a votação por algumas vezes na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados. Uma nova tentativa dos empresários deve acontecer no dia 03 de setembro quando deverá estar na pauta de votação o PL 4330 novamente.

País de primeira não pode ter emprego de terceira

Entre os vários impactos que o PL trará às relações de trabalho, vale destacar que o terceirizado:

– Recebe salário 27% menor que o contratado direto;

– No sistema financeiro, o salário do terceirizado é ainda menor: equivalente a um terço da remuneração do bancário.

– Tem jornada semanal de 3 horas a mais;

– Permanece 2,6 anos a menos no emprego do que um trabalhador contratado diretamente;

– A rotatividade é maior – 44,9% entre os terceirizados, contra 22% dos diretamente contratados;

– A cada 10 acidentes de trabalho, oito acontecem entre os trabalhadores terceirizados.

A agenda das centrais sindicais

Além do combate ao PL 4330, a pauta das centrais sindicais para o Dia Nacional de Mobilização e Paralisações inclui:

> Fim do fator previdenciário;

> Redução da jornada para 40 horas sem redução salarial;

> Valorização das aposentadorias;

> 10% do PIB para a educação;

> 10% do orçamento da União para a saúde;

> Transporte público de qualidade;

> Reforma agrária;

> Suspensão dos leilões de petróleo.

A CUT e suas entidades sindicais ainda defendem a reforma política com plebiscito, a reforma tributária e a democratização dos meios de comunicação.

Imprensa Seeb-Nit


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