Por ampla maioria, bancários de Niterói e Região decidiram aceitar reajuste de 6%, PLR de 80% do salário mais parcela fixa de R$ 800 e abono de R$ 1.700. Decisão foi tomada em assembléia lotada na noite de terça-feira, encerrando a greve vitoriosa que começou dia 6 e possibilitou avanços na difícil negociação. Em todo o Brasil, categoria vem seguindo a orientação nacional e aprovando os índices alcançados.
A partir de quinta-feira as agências voltam a funcionar normalmente. A primeira parcela da PLR (40% do salário bruto mais R$ 400) deverá ser paga 10 dias depois da assinatura do acordo, junto com o abono de R$ 1.700. A segunda parcela da PLR sai até 3 de março. Já a 13ª cesta-alimentação foi retirada da proposta pela Fenaban. Quanto aos dias parados, os bancos poderão compensar os dias paralisados integrais até dia 31 de dezembro de 2005. Ou seja, não haverá desconto pecuniário do bancário. BB e CEF devem seguir essa mesma formulação da Fenaban.
No Sindicato do município do Rio de Janeiro, a importância da participação de cada um na assembléia ficou demostrada pela votação apertada na assembléia do Banco do Brasil, que foi separada: com diferença de apenas nove bancários, a proposta não foi aceita. E por diferença de apenas cinco, a greve foi mantida! Em Niterói, houve votação única para privados e federais.
A proposta arrancada pelos bancários nos seis dias de greve avança rumo à convenção coletiva e permitirá novas conquistas nas negociações permanentes específicas. “Graças à greve, os banqueiros fizeram a nova proposta. Infelizmente eles não conhecem outra linguagem. Se cruzássemos os braços, não teríamos nada, pois não é de interesse dos banqueiros oferecer algo”, afirmou Jorge Antônio, presidente do Sindicato.