Negociadores do banco dizem que o aumento da PLR extrapola os recursos do Banco do Brasil, que lucrou 432% desde 2000
Depois de uma 1ª rodada positiva, na qual garantiu a prorrogação das cláusulas atuais e o cumprimento do Acordo 2005 da categoria, parece que o espírito da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) baixou na direção do Banco do Brasil.
Os banqueiros privados não garantiram nada em sua primeira negociação com o Comando Nacional dos Bancários e os negociadores do BB seguiram o exemplo na segunda rodada com a Comissão de Empresa do funcionalismo do banco (COE-BB).
Sobre a redução da Parcela Previ, disseram que uma proposta virá nos próximos dias, o que repetem há cerca de dois anos.
No caso da PLR, a coisa foi pior! Alegaram que a proposta dos bancários “extrapola os recursos que o banco tem”, embora o BB tenha lucrado 432% desde 2000, sendo 39% neste útimo semestre.
Quanto à antecipação da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) nos moldes do último semestre (Módulo Básico-Fenaban), nem pensar afirmaram, chegando a alegar que há impedimentos jurídicos, sem especificar quais, e até que o banco paga a PLR porque quer, como se tivesse imunidade na legislação sobre o assunto.
Para não dizer que negaram tudo, concordam com a proposta de beneficiar quem ganha menos no Módulo Bônus da PLR, mas sem fazer nenhum proposta concreta.
Nada também foi acertado em relação à criação da Comissão de Conciliação Voluntária (CCV), debate que também se arrasta desde o início do governo Lula.
Nova negociação está marcada para esta sexta-feira, 16/9, e se as coisas continuarem nesse rumo, é bom o funcionalismo do Banco do Brasil ir se preparando para paralisações e com mais adesões do que as da greve de 2004, especialmente no segmento dos gerentes de contas, se, dessa vez, pretenderem melhores resultados.
CASSI – Ontem, nosso diretor de Imprensa e Comunicação e funcionário do BB, Marcelo Quaresma, foi empossado no Conselho de Usuários da Cassi, para o qual foi reeleito.