Caixão da intransigência no Centro de Niterói

Com roupas pretas, velas, cartazes, banda de música e distribuição de carta aberta à população, os bancários fizeram manifestação em frente ao Bradescão da Av. Amaral Peixoto.

O Centro de Niterói assistiu ao enterro da intransigência dos bancos nesta quinta-feira, 6 de outubro. Com roupas pretas, velas, cartazes, banda de música e distribuição de carta aberta à população, os bancários fizeram manifestação em frente ao Bradescão da Avenida Amaral Peixoto e depois carregaram o caixão até a estação das barcas. O ato ganhou ampla cobertura da imprensa, com chamadas nas primeiras páginas dos jornais O Fluminense e A Tribuna (foto). Depois do protesto, os bancários decidiram intensificar a greve e marcaram nova assembleia para terça-feira, 11 de outubro, às 18h.

A assembleia de terça-feira será na futura sede do Sindicato: Rua Evaristo da Veiga, 37, Centro de Niterói (ao lado do Liceu Nilo Peçanha). A intenção é avaliar as perspectivas de retorno das negociações e traçar novas estratégias para manter fechadas todas as agências dos 16 municípios de Niterói e Região, como tem acontecido desde o primeiro dia de greve, até que os bancos ofereçam uma proposta decente.

Veja abaixo slide com fotos do enterro da intransigência dos bancos. O álbum completo, foto por foto, pode ser visualizado clicando aqui. Para ler a reportagem publicada pelo jornal O Fluminense, diretamente no site do jornal, acesse aqui. A reportagem do jornal A Tribuna, também no site da publicação, pode ser lida aqui e a primeira página, em pdf, pode ser baixada aqui. As duas reportagens têm entrevistas com o presidente do Sindicato, Fabiano Júnior.


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Em todo o Brasil, a greve já fechou 8.758 agências e vários centros administrativos de bancos públicos e privados em todos os 26 estados e no Distrito Federal. Trata-se da maior paralisação da categoria nos últimos 20 anos, superando o pico da greve de 2010, quando os bancários pararam 8.278 agências em todo país.

A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ainda não respondeu à carta enviada pelo movimento sindical na terça-feira, 4 de outubro, cobrando a retomada das negociações. Os bancários entraram em greve no dia 27 de setembro, depois de rejeitarem a proposta de apenas 0,56% de aumento real. A categoria reivindica reajuste de 12,8% (aumento real de 5% mais inflação do período), valorização do piso, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), mais contratações, extinção da rotatividade, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, mais segurança, igualdade de oportunidades, melhoria do atendimento dos clientes e inclusão bancária sem precarização, dentre outros itens.

Fotos do slide: Paulo de Tarso, Heber Mathias