Todas as agências bancárias de Niterói e Região ficaram fechadas no primeiro dia de greve. Isso significa paralisação de 100% na base territorial do Sindicato, que compreende 16 municípios.
Todas as agências bancárias de Niterói e Região ficaram fechadas no primeiro dia de greve. Isso significa paralisação de 100% na base territorial do Sindicato, que compreende 16 municípios: Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Silva Jardim, Rio Bonito, Casimiro de Abreu, Tanguá, Maricá, Saquarema, Araruama, Iguaba Grande, Arraial do Cabo, São Pedro d\’Aldeia, Cabo Frio, Armação de Búzios e Rio das Ostras.
Ainda não há nova negociação marcada com os bancos, mas os bancários vão se reunir em assembleia às 19h desta quinta-feira, 29 de setembro, para analisar os primeiros dias de paralisação e organizar a continuidade do sucesso absoluto do movimento. A assembleia será na futura sede do Sindicato: Rua Evaristo da Veiga, 37, Centro de Niterói (ao lado do Liceu Nilo Peçanha).
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No primeiro dia de greve em Niterói e Região, sindicalistas ficaram presentes em todas as agências para orientar clientes e usuários na utilização dos caixas eletrônicos. A compensação de cheques e os serviços bancários pela Internet também continuam funcionando normalmente, pois a intenção do Sindicato é que a população seja minimamente atingida, já que a greve é contra os bancos e a favor dos clientes. Afinal, as reivindicações incluem melhor atendimento, menos filas, mais segurança, juros menores e fim das taxas abusivas. O sindicalista Jorge Antônio Oliveira deu entrevista ao jornal O São Gonçalo sobre este assunto (leia mais aqui). A greve também foi notícia no site Guia de Niterói (clique aqui para ler).
No restante do Brasil, a greve começou mais forte que a do ano passado, uma das maiores dos últimos 20 anos. Segundo levantamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), os bancários fecharam 4.191 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados em 25 estados e no Distrito Federal. E a tendência é aumentar: os bancários de Roraima fizeram assembleia na noite de terça-feira e se juntaram ao movimento nesta quarta. Ano passado, foram fechadas 3.864 unidades no primeiro dia.
Bancos negam reivindicações, apesar do lucro recorde
Os bancários decidiram entrar em greve por tempo indeterminado após a quinta rodada de negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), ocorrida dia 23 de setembro, quando foi recusada a segunda proposta de reajuste de 8% sobre os salários. Isso representa apenas 0,56% de aumento acima da inflação do período, o que está longe da reivindicação da categoria, de 12,8% (5% de aumento real). Enquanto isso, os seis maiores bancos que operam no Brasil lucraram R$ 25,9 bilhões no primeiro semestre.
Em um mês e meio de negociação, os bancos também rejeitaram as reivindicações de valorização do piso salarial, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), fim da rotatividade, mais contratações, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, mais segurança, igualdade de oportunidades, melhoria do atendimento aos clientes e inclusão bancária sem precarização.