Começa às 19h desta quinta-feira, 22 de setembro, a assembleia que vai votar greve por tempo indeterminado a partir de terça-feira, dia 27.
Começa às 19h desta quinta-feira, 22 de setembro, a assembleia que vai votar greve por tempo indeterminado a partir de terça-feira, dia 27. Depois de mais de um mês de negociação negando todas as reivindicações, os banqueiros apresentaram uma proposta que apenas aumentou a indignação dos bancários: 0,37% de aumento real. A assembleia será na futura sede do Sindicato (foto), na Rua Evaristo da Veiga nº 37, Centro de Niterói, ao lado do Liceu Nilo Peçanha.
A proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) pareceu provocação para os bancários e gerou inúmeros protestos no Facebook e no Twitter do Sindicato. O mesmo índice corrigiria, além do salário, os pisos e o vale-refeição/alimentação. A proposta também inclui Participação nos Lucros e Resultados (PLR) igual à do ano passado: 90% do salário mais R$ 1.100,80 fixos, com teto de R$ 7.181. Os bancários reivindicam três salários mais R$ 4.500.
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Uma nova negociação já foi marcada para sexta-feira, dia 23, porque os banqueiros perceberam a disposição de greve dos bancários e, dependendo da presença na assembleia, podem apresentar uma proposta melhor. Se for o caso, o Sindicato ainda poderá marcar outra assembleia para avaliar a nova negociação.
Veja as principais reivindicações dos bancários:
Remuneração
– Reajuste de 12,8% (inflação do período mais aumento real de 5%).
– Piso igual ao salário mínimo do Dieese: R$ 2.297,51 (em junho).
– PLR: três salários mais R$ 4.500.
– Plano de Cargos e Salários (PCS) em todos os bancos.
– Gratificação semestral de 1,5 salário para todos os bancários.
– Contratação da remuneração total dos bancários.
– Vale-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta e auxílio creche/babá iguais ao salário mínimo (R$ 545).
– Auxílio-educação para todos os bancários.
– Previdência complementar para todos os bancários.
Emprego
– Garantia de emprego;
– Proteção contra a dispensa imotivada, combatendo a rotatividade.
– Contratação de mais bancários;
– Fim das terceirizações.
– Jornada de trabalho de seis horas para todos os bancários.
– Ampliação do horário de atendimento para das 9h às 17h com dois turnos de trabalho;
– Tempo de até 15 minutos de espera nas filas nos dias normais;
– Abono assiduidade de cinco dias por ano.
Igualdade de oportunidades
– Igualdade na contratação, remuneração e ascensão profissional.
– Realização de um novo censo para avaliar os resultados dos programas implantados pelos bancos para combater a discriminação.
– Prorrogação automática da licença-maternidade de quatro para seis meses, sem necessidade de solicitação por parte da bancária.
– Condições de acessibilidade nas agências tanto para bancários como para clientes com deficiências.
Saúde do trabalhador
– Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral.
– Participação dos trabalhadores na fixação das metas, que devem levar em consideração o tamanho, a localização e o perfil econômico das dependências, e não podem ser individuais.
– Fim da divulgação de rankings individuais sobre cumprimentos de metas.
– Suspensão do trabalho em espaços físicos em reforma.
– Manutenção do salário e demais direitos no período de afastamento por problemas de saúde.
Segurança bancária
– Assistência médica e psicológica às vítimas de assaltos, sequestros e extorsões.
– Emissão da CAT para quem esteve no local de assaltos e sequestros.
– Fechamento das agências após assaltos, consumados ou não.
– Porta de segurança, câmeras com monitoramento em tempo real e vidros blindados em todas as agências e postos.
– Biombos entre a fila de espera e os caixas e divisórias individualizadas entre os caixas internos e os eletrônicos para combater “saidinha de banco”.
– Proibição ao transporte de valores e à guarda das chaves das unidades pelos bancários.
– Adicional de 30% de risco de morte para agências, postos e tesouraria.