Banco do Brasil nega emprego e saúde

A segunda rodada de negociação acontecerá nesta quarta-feira. A terceira rodada, quando o banco provavelmente trará respostas efetivas, será dia 20.

A participação de todo o funcionalismo do Banco do Brasil, sem exceção, sobretudo dos comissionados, nas atividades organizadas pelos sindicatos será decisiva para o êxito da Campanha Nacional 2011. O Comando Nacional dos Bancários assessorado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), chegou a essa conclusão logo depois do encerramento da primeira rodada de negociação específica com o BB, realizada nesta sexta-feira, 9 de setembro, em Brasília. Na reunião, o BB rejeitou reivindicações importantes sobre jornada de trabalho e emprego, saúde, condições de trabalho e previdência.

A segunda rodada de negociação será às 10h desta quarta-feira, dia 14, também em Brasília, e vai discutir os demais itens da pauta específica. A terceira rodada de negociação, quando o banco provavelmente trará respostas efetivas, será dia 20 de setembro, em São Paulo, por volta das 16h.


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Os primeiros itens debatidos foram emprego, terceirização de serviços e ampliação dos correspondentes bancários em todo o país pelo BB. Coordenador da CEBB, Eduardo Araújo lembrou que o banco praticamente dobrou sua rede de correspondentes. Além disso, de acordo com Araújo, os administradores do CSOs anunciaram há poucos dias a terceirização do monitoramento dos TAAs.

“É um grande problema para nossa categoria”, afirmou, citando reportagem exibida pelo Fantástico, da TV Globo, que mostrou a venda de cadastros de clientes de bancos por funcionários terceirizados das instituições financeiras que trabalham nas áreas de informática.

Contra a precarização do trabalho

Araújo explicou aos negociadores do BB que os bancários não são contra os trabalhadores de correspondentes. “Somos contrários à precarização do trabalho bancário e ao atendimento aos clientes e usuários”, frisou, ao reforçar a reivindicação dos bancários: fim da terceirização casada com a contratação de 5 mil funcionários, especialmente o aumento das dotações de caixas e a efetivação dos “substitutos contínuos”.

Em resposta, José Roberto, um dos negociadores do banco, ressaltou que o BB convocou, treinou e empossou nos últimos anos aproximadamente 15 mil funcionários. “Grande parte desse pessoal foi chamado para o projeto BB 2.0, que está sendo avaliado. Por isso, não será simples chegar para o governo e pedir mais 5 mil bancários.

Ao insistir na reivindicação, a CEBB afirmou que o deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP), autor de projeto que limita as funções dos correspondentes bancários, foi procurado pelo Banco Central logo depois da lavagem simbólica da rampa principal do BC, em Brasília, em protesto contra as diversas resoluções da autoridade monetária que vem prejudicando a categoria bancária. O protesto, organizado pelo Sindicato dos Bancários de Brasília, no dia 16 de agosto, com a participação da Contraf-CUT e dos sindicatos, reuniu mais de 700 bancários de todo o país.

Apesar de o negociador do banco ter dado a entender que o BB pode abrir novo concurso, José Roberto disse que não há precisão de contratar mais bancários este ano. “Podemos chegar à conclusão de que precisamos contratar mais, mas isso não será negociado na campanha deste ano”, observou.

Fonte: Contraf-CUT com Seeb Brasília