Mas não houve definição sobre a prorrogação do “pijama” e a extensão do reajuste de 7,5% a todos os empregados do banco.
O movimento sindical e o Santander reuniram-se nesta quinta-feira, dia 25, para discutir as questões específicas dos funcionários do banco, em reunião do Comitê de Relações Trabalhistas (CRT). Não houve definição quanto aos dois pontos principais da negociação: a prorrogação do “pijama” e a extensão do reajuste de 7,5% a todos os empregados do banco, incluindo os que ganham acima de R$ 5.250. Mas o banco se comprometeu a aderir à cláusula de combate ao assédio moral.
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Pijama – A Liberação Remunerada Pré-Aposentadoria, o “pijama”, foi implantada em acordo aditivo que previa sua extinção em agosto deste ano. O pijama permite que o trabalhador saia de licença um ano antes da data de sua aposentadoria gozando de todos os seus direitos, menos da variável e do vale-transporte. O Sindicato reivindica que o acordo seja prorrogado e o “pijama” continue valendo até 31 de agosto de 2011.
Os representantes do Santander entendem que o “pijama” já cumpriu seu objetivo, mas concordaram em discutir internamente a prorrogação do programa.
O número de funcionários elegíveis para o pijama não causaria grande impacto financeiro para o banco. O programa é uma realidade no Santander do Uruguai e na sede do banco, na Espanha. No Brasil, onde o Santander alcança 30% de seu lucro mundial, isso ainda não acontece.
Extensão do reajuste – O Santander disse “não” à universalização do reajuste de 7,5% conquistado na campanha salarial deste ano, mas o Sindicato vai continuar insistindo nesse ponto. “Vamos continuar lutando por isso porque entendemos que o banco deve valorizar seus funcionários brasileiros, responsáveis pelo lucro recorde da instituição espanhola no país”, ressalta Marcelo.
Assédio moral – Outro ponto importante da reunião foi a garantia dada pelo banco de adesão à cláusula de Prevenção de Conflito no Ambiente de Trabalho prevista na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2010/2011. A data da adesão será definida posteriormente.
Fusão – O Santander tem realizado simulações em todo o país para a integração tecnológica com as agências do Real, inclusive nas madrugadas de domingo. O Sindicato exigiu que as simulações sejam previamente negociadas com as organizações sindicais e que sejam garantidos os direitos dos trabalhadores, como horas extras, transporte e alimentação, incluindo um dia de folga como abono. Exige ainda que as simulações sejam feitas em horários compatíveis com a jornada normal do trabalhador, e não mais de madrugada como vem acontecendo. A intenção é que o Santander garanta aos trabalhadores os mesmos direitos da época da fusão do Santander com o Banespa.
Pessoas com deficiência – Os sindicalistas retomaram pontos pendentes sobre direitos dos trabalhadores com deficiência física. Reivindicaram, dentre outros pontos, curso de libras, cadeiras motorizadas, estacionamento sem custo para pessoas com mobilidade reduzida. Também solicitaram informação sobre a quantidade de pessoas com deficiência, tipo de deficiência e lotação. O banco se comprometeu a estudar as reivindicações.
Ficaram agendadas reuniões para os dias 3 de dezembro – sobre Comissão de Conciliação Voluntária (CCV) – e outra para janeiro, em dia a ser definido, sobre condições de trabalho nas agências, call center e terceirização.
Fonte e foto: Seeb-SP