Na última quarta-feira (26), ocorreu mais uma rodada da “Negociação nacional sobre assédio moral, sexual e outras formas de violência no trabalho bancário”, que reuniu representantes do Comando Nacional dos Bancários e da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
O encontro teve o objetivo de avaliar a evolução das medidas tomadas pelos bancos relacionadas às cláusulas de combate a qualquer tipo de violência no ambiente de trabalho. As cláusulas foram conquistadas na última renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria.
De acordo com Juvandia Moreira, coordenadora do Comando Nacional e presidenta da Contraf-CUT, um dos pontos levantados no encontro foi a necessidade de saber os tipos de violência e como os bancos resolveram os problemas.
“Entender a forma como as violências se manifestam e como as empresas estão atuando para coibi-las nos ajudará a entender como alcançar um ambiente de trabalho saudável”, ressaltou a dirigente sindical.
A Fenaban apresentou devolutivas sobre os canais de denúncias, destacando que aumentou o o percentual de casos resolvidos dentro de 45 dias.
Quanto ao SIPAT, o Comando reivindicou a participação de representantes do movimento sindical na Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (SIPAT). A Fenaban ficou de avaliar o pedido junto aos bancos.
Sobre a importância dos bancos incluírem como violência a pressão por metas e resultados, o Comando Nacional reforçou a necessidade de incluir o “assédio por algoritmos”, ou seja, a prática da utilização de sistemas de monitoramento, cobrança e pressão sobre o trabalhador por meio de ferramentas digitais.
Neste caso, as duas partes concordaram na realização de uma mesa, na próxima segunda-feira, 1º de dezembro, com o tema “Gestão ética da tecnologia”, onde a questão será debatida.
*Fonte: Contraf-CUT