Combate à violência contra as mulheres tem apoio do movimento sindical

Começou no último dia 20 (Dia da Consciência Negra) a campanha “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher”, que seguirá até 10 de dezembro (Dia Internacional dos Direitos Humanos).

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que cerca de 840 milhões de mulheres já sofreram algum episódio de violência doméstica ou sexual ao longo da vida, o que significa uma em cada três.

Os números de homicídios femininos e agressões contra mulheres também são alarmantes no Brasil, segundo o Atlas da Violência, produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

O relatório aponta que, somente em 2023, os registros do sistema de saúde mostraram que 3.903 mulheres foram vítimas de homicídios. De acordo com o Atlas, em 11 anos (2013 a 2023) foram registrados 47 mil homicídios de mulheres, média de 13 por dia.

Segundo a secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fernanda Lopes, o número de homicídios contra as mulheres evidencia o fenômeno estrutural da violência de gênero.

“Por isso a importância da campanha dos 21 Dias da Ativismo, para dar o máximo de visibilidade ao tema e continuar combatendo os vários tipos de violência que as mulheres”, ressalta a dirigente.

Fernanda ressalta que as mulheres enfrentam ainda o assédio moral, sexual, sobrecarga de trabalho e a desigualdade salarial e de oportunidades no mercado de trabalho.

Durante a campanha, o movimento sindical bancários vai reforçar a divulgação do “Basta! Não irão nos calar!”, programa atendimento jurídico, criado pela categoria, para mulheres em situação de violência doméstica e familiar, e que já está presente em 14 entidades, cobrindo 485 cidades nas cinco regiões do país.

No Rio de Janeiro, canal Basta! Não irão nos calar! atende via WhatsApp (21) 2103-4128.

*Fonte: Contraf-CUT