Na última sexta-feira (19), a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e representantes do banco tiveram mais uma rodada de negociação sobre o plano de saúde e outros temas importantes sobre os direitos dos trabalhadores.
O foco principal do encontro, que ocorreu em Brasília, foi o plano atual, os desafios para sua sustentabilidade e a cobrança por uma proposta concreta do banco, que ainda não apresentou uma solução para resolver o impasse.
A representação dos empregados afirmou que não aceitará propostas que alterem os princípios do plano, como solidariedade, mutualismo e pacto geracional.
Também foi cobrado que a Caixa retome a proporção histórica de financiamento 70/30, bem como um aporte imediato do banco para garantir reajuste zero em 2025.
Os dados atuariais apresentados pela Caixa apontam o envelhecimento acelerado da população atendida pelo plano.
Segundo a Caixa, atualmente, quase 30% dos beneficiários têm mais de 59 anos, percentual que pode chegar a 40% até 2030, além do crescimento contínuo das despesas assistenciais.
Segundo os representantes do banco, a combinação desses fatores aliada ao modelo de custeio vigente, gera riscos de seleção adversa e déficits crescentes nos próximos anos.
Entretanto, a empresa atuarial contratada pela representação dos empregados apontou cenários atuariais onde o aumento da participação da Caixa para 70%, mantida a premissa de não reajuste para os empregados, o plano voltaria a apresentar superávits nos anos de 2026 e 2027.
“Estamos em setembro, nossa data-base, e viemos com expectativa de proposta. Nosso pleito é claro: reajuste zero, retirada do teto 6,5% e retorno da contribuição 70/30”, disse Rafael de Castro, diretor da Contraf-CUT, diretor da Fenae e membro da Comissão.
Os representantes dos empregados estão convocando a categoria para uma nova mobilização, nesta quinta-feira (25), em mais um Dia Nacional de Luta em Defesa do Saúde Caixa.
*Fonte: Contraf-CUT/Fenae
*Foto: Augusto Coelho/Fenae