O Banco Itaú demitiu, nesta segunda-feira (8), cerca de mil funcionárias e funcionários, lotados no Centro Tecnológico (CT), CEIC e Faria Lima. Todos trabalhavam em regime híbrido ou integralmente remoto.
O Itaú alegou que as demissões foram motivadas por dois problemas: avaliações de desempenho e o “alinhamento cultural” dos funcionários.
De acordo com o banco, os funcionários estavam sendo monitorados há mais de seis meses e foi detectada “baixa aderência ao home office”.
O Sindicato dos Bancários de São Paulo ressaltou que, apesar de monitorados há seis meses, os trabalhadores foram dispensados sem advertência prévia e sem diálogo com o sindicato. O sindicato afirma que a medida é um desrespeito aos trabalhadores e ao movimento sindical.
No último semestre, o lucro do Itaú passou dos R$ 22,6 bilhões, registrando ainda alta rentabilidade, o que coloca o banco como o maior do país em ativos. Mesmo assim, nos últimos 12 meses, o banco fechou 518 postos de trabalho, reduzindo o quadro de pessoal da holding a 85.775 empregados.
O sindicato informou que já pediu explicações ao banco sobre as demissões e cobrou que as vagas sejam repostas para não sobrecarregar ainda mais os trabalhadores.
Na manhã desta terça-feira (9), a coordenação da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú se reuniu com representantes do Itaú para pedir a revisão das demissões. O banco aceitou avaliar apenas as demissões de pessoas adoecidas.
*Fonte: Bancários de São Paulo