Emprego em negociação

Na reunião desta quarta-feira com os banqueiros, a partir das 15h, o tema é emprego. Os bancários vão exigir novas contratações, fim das terceirizações e garantia de emprego.

Na reunião desta quarta-feira com os banqueiros, a partir das 15h, o tema é emprego. Os bancários vão exigir novas contratações, fim das terceirizações e garantia de emprego inclusive durante os processos de fusão. A negociação sobre esses temas continua na quinta-feira, dia 9.

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Entre as reivindicações, também estão a ratificação da Convenção 158 da OIT, que proíbe dispensas imotivadas, e o fim das demissões por justa causa em função de endividamento, além do respeito à jornada de trabalho e a elevação dos pisos de ingresso para combater a rotatividade.

Bancos na contramão do emprego

O aumento nos lucros alcançados pelos bancos, que bateram recorde de R$ 24,7 bilhões no primeiro semestre deste ano, não tem sido acompanhado pelo crescimento das vagas. No mesmo período, foram criados somente 9.048 novos postos de trabalho, conforme a Pesquisa do Emprego Bancário, feita pela Contraf-CUT e Dieese, com base nos dados do Caged do Ministério do Trabalho e Emprego.

A geração de empregos vem sendo travada pela rotatividade que os bancos praticam para reduzir os custos e turbinar os lucros. Em um ano e meio (janeiro de 2009 a junho de 2010), a pesquisa mostra que os bancos desligaram 48.295 empregados, o que representa mais de 10% da categoria.

O aumento da rotatividade reduziu a massa salarial da categoria, aumentando ainda mais os lucros dos bancos. A remuneração média dos admitidos nos primeiros seis meses de 2010 foi 38,04% inferior à dos desligados. E as mulheres continuam recebendo salários inferiores aos dos homens nos bancos.