Em 2024, o setor bancário fechou 6.198 postos de trabalho. A informação faz parte da Pesquisa do Emprego Bancário elaborada pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) com base no Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged).
O resultado da pesquisa mostra que o setor caminha em sentido contrário ao do mercado de trabalho geral do país, que no mesmo período abriu 1.693.673 postos de trabalho, 16,3% a mais do que em 2023.
A presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e vice-presidenta da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Juvandia Moreira, afirmou que mesmo os bancos batendo recordes consecutivos de lucro e rentabilidade continuam demitindo seus funcionários.
“Um total descaso com os trabalhadores, suas famílias e as consequências sociais e econômicas para o país”, observou Juvandia, acrescentando que a categoria está adoecida com a sobrecarga de trabalho cobranças abusivas de metas.
A pesquisa mostra, ainda, que em 2024 somente nos meses de janeiro e fevereiro os bancos contrataram mais do que demitiram. No restante, houve mais demissões, com um saldo de quase 6,2 mil postos de trabalho a menos no setor no ano.
O saldo negativo chegou a 771 postos a menos em dezembro, mas em outros três meses do ano (março, julho e agosto) a perda de postos de trabalho foi ainda maior, quando foram fechados 815, 1.424 e 1.684 postos de trabalho, respectivamente.
O fechamento de vagas no setor ocorreu em todo o país. Somente na Região Sudeste, no topo do ranking, foram 3.133 vagas a menos.
Dos 6.198 empregos eliminados, 72,8% eram ocupados por mulheres, refletindo a menor contratação feminina, que representou apenas 44% das admissões.
Mais informações na íntegra da pesquisa do Dieese .
*Fonte: Contraf-CUT