A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) denunciou ações antissindicais do Santander, nesta quinta-feira (3). A denúncia foi feita durante audiência pública com o Ministério Público do Trabalho (MPT).
Segundo a presidenta da Contraf-CUT e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira, o banco comete prática antissindical ao abrir empresas com CNPJs diferentes para retirar bancários da categoria e colocá-los como trabalhadores de outros setores.
“De 2020 pra cá, 17.964 bancários foram enquadrados como sendo de outras categorias. Com isso, eles deixam de ter diversos direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária, e enfraquece a organização dos trabalhadores”, afirmou Juvandia.
A coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Wanessa de Queiroz, ressaltou que o movimento sindical já solicitou diversas vezes a representação sindical destes empregados.
Mas, segundo a COE, o banco se recusa a reenquadrá-los, mesmo eles exercendo as mesmas atividades que já exerciam anteriormente, trabalhando no mesmo local de bancários que exercem as mesmas funções, no mesmo sistema de gestão e sofrendo as mesas cobranças.
O Santander informou não ter condições de continuar a reunião por precisar da presença de profissionais responsáveis por outras áreas envolvidas e representantes das demais empresas.
O MPT se comprometeu em agendar uma nova audiência e comunicar a nova data à Contraf-CUT e ao Santander.
*Fonte: Contraf-CUT