O setor bancário fechou 482 postos de trabalho em junho. A informação está na Pesquisa do Emprego Bancário de agosto.
O documento foi elaborado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base nos dados do Novo Caged.
De acordo com a pesquisa, entre janeiro e junho deste ano, o saldo de emprego bancário (resultado das contratações, menos as demissões) é negativo em 1.020.
A redução é ainda maior em um ano, registrando 2.352 postos de trabalho bancário a menos.
O secretário de Assuntos Socioeconômicos da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Walcir Previtale, observou que o mercado de trabalho formal como um todo segue em sentido inverso, tendo criado 201.705 postos de trabalho em junho.
No primeiro semestre de 2024, o número de novas vagas no país chega a 1,3 milhão, o que fez com que o Brasil registrasse, entre abril e junho de 2024, uma taxa de desocupação de 6,9% (7,5 milhões de desempregados), a menor desde junho de 2014.
Ainda segundo o documento do Dieese, em seis meses, dez estados apresentaram saldo positivo, com destaque para o Rio Grande do Sul. Já São Paulo é responsável pelo maior número de eliminação de postos de trabalho bancário (-480 vagas), seguido por Rio de Janeiro (-404) e Paraná (-204).
Em relação às diferentes faixas etárias, a pesquisa mostra que existe a criação de novas vagas para as faixas inferiores, até 29 anos, com ampliação de 4.510 postos de trabalho e eliminação de vagas para as faixas superiores, com fechamento de 5.330 vagas.
*Fonte: Contraf-CUT