Negociações com a Caixa incluem renovação imediata do parque tecnológico e sobrecarga

As trabalhadoras e os trabalhadores da Caixa Econômica Federal entregaram sua minuta de reivindicações ao banco, no dia 18 de junho. O documento servirá de base para renovar o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

De 2014 até 2024, a Caixa Econômica Federal perdeu 14.690 postos de trabalho, uma redução de 14,5%. Os dados fazem parte de um levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base no balanço do banco.

Para Rafael Castro, diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, juntando fatores como redução de quadro e aumento de contas fica fácil perceber a sobrecarga de trabalho e o consequente aumento do adoecimento das empregadas e empregados.

Com o objetivo de solucionar os problemas enfrentados pelos trabalhadores, a lista de reivindicações inclui a criação de uma carreira de TI para segurar talentos; a renovação imediata do parque tecnológico; fornecimento de recursos de acessibilidade; aumentar a quantidade e diversidade de tecnologias assistivas disponibilizadas pela Caixa; apoio financeiro para aquisição de tecnologia assistivas por empregados PcD que trabalhem de forma remota; melhoria das estruturas das agências.

Além disso, os trabalhadores pedem o fim da designação de função por minuto, com retorno da designação exclusivamente de forma efetiva; incorporação de função gratificada exercida por mais de 10 anos; registro de horário de trabalho por todos os empregados, com efetivo pagamento de horas-extras; redução da jornada para cinco horas diárias, cumpridas em quatro dias por semana, sem redução dos salários.

Também fazem parte do documento o fim da cobrança abusiva de metas e do assédio moral e sexual; estabelecimento de critérios objetivos de promoção por mérito; avaliação por múltiplas fontes nos programas de desempenho, considerando as metas sociais; reformulação do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) com a participação dos empregados, de forma que seja possível verificar as reais condições de saúde e de trabalho dos empregados.

 

*Fonte: Contraf-CUT

*Foto de Marcelo Camargo/Agência Brasil