Reunido com a Federação Nacional dos Bancos, na primeira mesa de negociação da Campanha 2024, o Comando Nacional dos Bancários cobrou, logo no início, a assinatura da ultratividade do acordo, para que todos os direitos da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria sigam válidos até a assinatura do novo acordo.
Durante o encontro, os trabalhadores mostraram dados apontando que os bancos estão reduzindo as contratações formais por terceirizados, inclusiva na área de TI.
De acordo com dados da RAIS (base de dados estatísticos, organizados pelo Ministério do Trabalho e Previdência), entre 2012 e 2022, a categoria bancária saiu de 513 mil pessoas para 433 mil, redução de 16% (79,5 mil).
No mesmo período, as demais categorias do ramo financeiro aumentaram em 72% os postos de trabalho, passando de 323 mil para 555 mil.
Nos últimos cinco anos, os bancos fecharam mais de três mil agências. Segundo o Comando, a Consulta Nacional mostrou que para 68% dos trabalhadores dos bancos privados a principal preocupação é com a garantia do emprego.
A Fenaban argumentou que que as vagas de emprego dependem de crescimento econômico. O Comando propôs a assinatura de uma carta conjunta para cobrarem juntos, do Banco Central, a redução da Selic, já que os juros altos comprometem o desenvolvimento do setor produtivo e a criação de empregos.
A pauta de reivindicações pediu ainda o retorno da homologação nos sindicatos; qualificação e requalificação profissional, sobretudo diante da revolução tecnológica; e indenização adicional em caso de demissão.
Abaixo, o calendário das próximas reuniões
Julho
2/07 – Cláusulas sociais
11/07 – Igualdade de oportunidades
18 e 26/07 – Saúde e condições de trabalho: incluindo discussões sobre pessoas com deficiência (PCDs), neurodivergentes e combate aos programas de metas abusivas
Agosto
6 e 13/08 – Cláusulas econômicas
20/08 – Em definição
27/08 – Em definição
*Fonte: Contraf-CUT